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O Brasil é um país de peculiaridades e bastante diverso em sua gente e sua cultura. A sua peculiaridade principal reside no fato de ter sido formado originalmente por três raças bastantes distintas: o branco europeu, o negro africano e o índio, que neste lugar já habitava como nativos da região. Elementos da cultura destes três povos se imiscuíram em um só lugar, de extensão continental, como é esse imenso país, formando uma variada cultura dos mais diversos aspectos. Assim, seja na linguagem, um português, mas repleto de termos de origem indígena e africana; seja na culinária, em que iguarias indígenas e também africanas foram associadas à cozinha dos colonizadores; na produção artística, como por exemplo, na música, onde instrumentos indígenas e africanos e europeus são usados nestas criações; e até mesmo na religiosidade, onde elementos de religião afro estão miscigenados com o cristianismo, trazido pelos portugueses, e temos até uma religião própria do país, constituída por elementos destas três raças, como a Umbanda, que além dos elementos da religião dos colonizadores estão associados elementos da religiosidade afro e também da indígena. Outro fator da peculiaridade do Brasil vem da miscigenação destes três povos, o que faz a ocorrência dos tipos mais diversos na pele, no cabelo, nos traços físicos em geral ; temos desde a pele mais clara à mais escura, do cabelo mais crespo ao mais liso entre a sua população: mulatos, sararás, mamelucos, etc. são as variadas denominações dos frutos dessa miscigenação. Podemos citar ainda como peculiaridade deste curioso país a língua portuguesa, sendo o único país de língua portuguesa das Américas, desde que, diferentemente dos seus vizinhos, que foram colonizados pelos espanhóis, o Brasil foi uma colônia de Portugal. Desta forma é que o Brasil se faz um país peculiar e curioso aos olhos do mundo, pelo seu diferencial de pluralidade, mas que também tem inteligências internacionalmente reconhecidas e admiradas, ainda que não tenhamos até então um Oscar ou um Nobel.

Mas o Brasil além de ser conhecido no mundo como um país exótico, peculiar, de talentos e inteligências admiráveis é também um país que enternece e causa espanto por aspectos uns e outros que se ressaltam aqui e ali devido a grandiosos problemas com que convive. Um dos mais grandiosos problemas é o grande contingente de pobres, de miseráveis, de favelas, de moradores de rua, de bandidos, inclusive entre eles os políticos corruptos, que só fazem com suas atitudes corruptas piorar a situação desse povo necessitado, quando embolsam o dinheiro que poderia minorar seu sofrimento. Por outro lado, também há alguns milionários e muitos que vivem de forma mais abastada em prédios, mansões e condomínios cinematográficos de primeiro mundo. O grande problema do Brasil é a gritante desigualdade social ; a sua distribuição de renda desigual, o que está na gênese dos seus mais graves problemas, como a violência desenfreada, por exemplo.

Estamos vivendo no entanto um tempo de esperança quando vemos políticos corruptos atrás das grades e políticas voltadas para minorar o sofrimento dos despossuídos e até de encaminhamento destes para uma vida mais digna, e até de conquistas. Torcemos para que estejamos a construir assim um novo Brasil, sem os tantos problemas com que convive a maior parte da sua população e que tantos outros problemas causam direta ou indiretamente aos seus cidadãos, mesmo os das classes mais privilegiadas.

Em “Cantos do Brasil” , através de expressões artísticas musicais do seu próprio povo vamos evidenciar o Brasil num propósito cultural, educacional, reflexivo, apontando aqui e ali sua natureza e problemática. O objetivo aqui é expor o Brasil para o próprio brasileiro ver e se ver nele, se conscientizando dos aspectos que envolvem sua problemática e, quem sabe até, com essa conscientização, poder compreender-se melhor e agir de modo a ajudar esse imenso país a encontrar o seu rumo de crescimento com justiça social e paz. Propomos aqui que o brasileiro veja e compreenda o seu próprio país.

E Viva o Brasil ! E Viva os brasileiros ! E que por nós , o Brasil possa contribuir com um mundo melhor.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Brasil Artístico Cultural






Pelo Telefone
Donga

O chefe da folia
Pelo telefone manda me avisar
Que com alegria
Não se questione para se brincar

Ai, ai, ai
É deixar mágoas pra trás, ó rapaz
Ai, ai, ai
Fica triste se és capaz e verás

Tomara que tu apanhe
Pra não tornar fazer isso
Tirar amores dos outros
Depois fazer teu feitiço

Ai, se a rolinha, sinhô, sinhô
Se embaraçou, sinhô, sinhô
É que a avezinha, sinhô, sinhô
Nunca sambou, sinhô, sinhô

Porque este samba, sinhô, sinhô
De arrepiar, sinhô, sinhô
Põe perna bamba, sinhô, sinhô
Mas faz gozar, sinhô, sinhô

O peru me disse
Se o morcego visse
Não fazer tolice
Que eu então saísse

Dessa esquisitice
De disse-não-disse
Ah! ah! ah!
Aí está o canto ideal, triunfal

Ai, ai, ai
Viva o nosso carnaval sem rival
Se quem tira o amor dos outros
Por deus fosse castigado

O mundo estava vazio
E o inferno habitado
Queres ou não, sinhô, sinhô
Vir pro cordão, sinhô, sinhô
É ser folião, sinhô, sinhô
De coração, sinhô, sinhô
Porque este samba, sinhô, sinhô


De arrepiar, sinhô, sinhô
Põe perna bamba, sinhô, sinhô
Mas faz gozar, sinhô, sinhô

Quem for bom de gosto
Mostre-se disposto
Não procure encosto
Tenha o riso posto

Faça alegre o rosto
Nada de desgosto
Ai, ai, ai
Dança o samba

Com calor, meu amor
Ai, ai, ai
Pois quem dança
Não tem dor nem calor




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A Voz do Morro
Zé Keti

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei dos terreiros

Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões de corações brasileiros

Mais um samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo de um país
Pelo samba, vamos cantando
É... pra melodia de um Brasil feliz

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Onde o Rio É Mais Baiano
Caetano Veloso


A Bahia,
Estação primeira do Brasil
Ao ver a Mangueira nela inteira se viu,
Exibiu-se sua face verdadeira.
Que alegria
Não ter sido em vão que ela expediu
As Ciatas pra trazerem o samba pra o Rio
(Pois o mito surgiu dessa maneira).

E agora estamos aqui
Do outro lado do espelho
Com o coração na mão
Pensando em Jamelão no Rio Vermelho
Todo ano, todo ano
Na festa de Iemanjá
Presente no dois de fevereiro
Nós aqui e ele lá
Isso é a confirmação de que a Mangueira
É onde o Rio é mais baiano.


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Lá de Angola
João Nogueira

É preciso navegar
Pra poder se esclarecer
Do lado de lá do mar
É preciso ver pra crer

Gente que lutou para se libertar
Ver no amanhã
Novo sol chegar
Ter que trabalhar, reconstruir

Bom futuro há de vir
Eu vi Luanda, Benguela
Lobito e outras mais
Na Catumbela, o Samba

Jorrou, me deu sinais
Que naquela terra cantaram
Sambaram meus avós
Ilha de Mussolo teve gente que chorou

Lá, lá, lá
Lá, lá, lá

Samba vem lá de Angola
Não vem da Bahia, não.
Samba vem lá de Angola
Não vem lá do Rio, não.


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Brasil Pandeiro
Assis Valente


Chegou a hora dessa gente bronzeada
Mostrar seu valor
Eu fui à penha fui pedir à padroeira para
Me ajudar

Salve o Morro do Vintém, Pendura-Saia,
Eu quero ver
Eu quero ver o Tio Sam tocar pandeiro
Prara o mundo sambar

O tio Sam está querendo conhecer
Anossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana
Melhorou seu prato
Vai entrar no cuscuz, acarjé e abará
Na casa branca já dançou a batucada
De ioiô i iaiá

Brasil, esquentai vossos pandeiros 
iluminai os terreiros
Que nós queremos sambar

Há quem sambe diferente
Noutras terras, outra gente
Um batuque de matar

Batucada, reuni vossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressões que não tem par

Oh! Meu Brasil

Brasil, esquentai vossos pandeiros...


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Carinhoso
Orlando Silva


Meu coração
Não sei porque
Bate feliz
Quando te vê

E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim
Foges de mim

Ah, se tu soubesses como eu sou tão carinhoso
E muito muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor dos lábios meus
A procura dos teus
Vem matar esta paixão

Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz


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Brasileirinho
Waldir Azevedo


O brasileiro quando é do choro
É entusiasmado quando cai no samba,
Não fica abafado e é um desacato
Quando chega no salão.

Não há quem possa resistir
Quando o chorinho brasileiro faz sentir,
Ainda mais de cavaquinho,
Com um pandeiro e um violão

Na marcação.
Brasileirinho chegou e a todos encantou,
Fez todo mundo dançar
A noite inteira no terreiro
Até o sol raiar.
E quando o baile terminou

A turma não se conformou:
Brasileirinho abafou!
Até o velho que já estava encostado
Neste dia se acabou!

Para falar a verdade, estava conversando
Com alguém de respeito
E ao ouvir o grande choro
Eu dei logo um jeito e deixei o camarada

Falando sozinho. Gostei, pulei,
Dancei, pisei até me acabei
E nunca mais esquecerei o tal chorinho
Brasileirinho!


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Forró

O Forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da Região Nordeste do Brasil. A música de forró é acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.
História do Forró
De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nesta época, como as pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse.
Origem do nome
A origem do nome forró tem várias versões, porém a mais aceita é a do folclorista e pesquisador da cultura popular Luiz Câmara Cascudo. Segundo ele, a palavra forró deriva da abreviação de forrobodó, que significa arrasta-pé, confusão, farra.
Características
Uma das principais características do forró é o ato de arrastar os pés durante a dança. Esta é realizada por casais, que dançam com os corpos bem colados, transmitindo sensualidade.
Embora seja tipicamente nordestino, o forró espalhou-se pelo Brasil fazendo grande sucesso. Foram os migrantes nordestinos que espalharam o forró, principalmente nas décadas de 1960 e 1970.
Atualmente, existem vários gêneros de forró: forró eletrônico, forró tradicional, forró universitário e o forró pé de serra.



For All Para Todos
Geraldo Azevedo

Para todos os fandangos
Para todos os ferreiros
Para todos os candangos
Para todos os brasileiros
Eu vou mostrar pra vocês
Como nasceu o forró
Foi antes de padim Ciço
Foi antes de lampião
Antes de nascer o Cristo
Do batismo de João
Antes de morrer por todos
Antes de repartir o pão
For All For All For All For All

Para todos da cidade
Para todos do sertão
Para os que preferem xote
Samba rock ou baião
O inglês ali andava
Sei se anda sei se não
Botando trilhos no mundo
Bem no fundo do sertão
Ferrovia para todos
Leva uns e outros não
Só a morte com certeza
Dá para todos condução
For All For All For All For All

Para todos de São Paulo
E do Rio de Janeiro
Pernambuco Paraíba
Petrolina Juazeiro
Alegria para todos
A tristeza sei se não
O inglês da ferrovia
Escreveu no barracão
For all...

Foi então que o pau comeu
Nunca mais sentou o pó
Eu só sei que o povo leu
Forró Forró Forró Forró

E veio o Jackson veio o Lua
Veio Januário e Azulão
Severino não faltou
Democratas do baião
Foi o chêro na Carolina
Foi subindo a gasolina
Foi o trem e veio a Ford
Mas só sei que o povo leu
Forró Forró Forró Forró

O forró de ferrovia
Vira e mexe o mundo inteiro
For all for all for all
Foi aí que o pau comeu
Nunca mais sentou o pó
Mas foi assim que o povo leu
Forró Forró Forró Forró

Foi assim que o pau comeu
Foi assim que o povo leu
O for all dos estrangeiros
Para todos brasileiros
Forró Forró Forró Forró

Ferrovia do forró
Nunca mais sentou o pó
Forró Forró Forró Forró




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Contando a História do forró
http://www.allmusic.com/album/release/cantando-a-historia-do-forro-ao-vivo-mr0000646130




Forró instrumental enquanto um texto é exibido na tela contando a história do forró.


História do forró contado neste vídeo:




Documentário sobre o Forró


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Baião


Baião é um gênero de música e dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela.[1]O baião utiliza muito os seguintes instrumentos musicais: viola caipira, triângulo, flauta doce e acordeão (também chamado de sanfona). A rabeca é apontada como o instrumento característico do Baião, dada a sonoridade lembrar a da sanfona que por sua vez seria a mais identificado quando o ritmo se tornou conhecido nacional e internacionalmente [2]. Os sons destes instrumentos são intercalados ao canto. A temática do baião é o cotidiano dos sertanejos e das dificuldades da vida dos tais, como na canção "Asa Branca" que fala do sofrimento do sertanejo em função da seca nordestina.
Foi na segunda metade da década de 1940 que o baião tornou-se popular, através dos músicos e radialista Luiz Gonzaga (conhecido como o “rei do baião”) e Humberto Teixeira (“o doutor do baião”), abrindo caminho para outros artistas que ficariam muito conhecidos como Sivuca e Carmélia Alves.
O baião ainda influenciaria o trabalho de muitos artistas contemporâneos, tendo renascido o interesse pelo gênero ainda na década de 1970 com o advento da "Tropicália" e como influência marcante nos trabalhos de músicos nordestinos desde então.













Baião
Luiz Gonzaga

Eu vou mostrar pra vocês
Como se dança o baião
E quem quiser aprender
É favor prestar atenção

Morena chegue pra cá
Bem junto ao meu coração
Agora é só me seguir
Pois eu vou dançar o baião

Eu já dancei balancê
Xamego, samba e xerém
Mas o baião tem um quê
Que as outras danças não têm

Quem quiser é só dizer
Pois eu com satisfação
Vou dançar cantando o baião

Eu já cantei no Pará
Toquei sanfona em Belém
Cantei lá no Ceará
E sei o que me convém

Por isso eu quero afirmar
Com toda convicção
Que sou doido pelo baião



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De Onde Vem o Baião
Gal Costa

De baixo do barro do chão da pista onde se dança
Suspiro uma sustança sustentada por um sopro divino
Que sobe pelos pés da gente e de repente se lança
Pela sanfona afora pega o coração do menino

De baixo do barro do chão da pista onde se dança
É como se Deus irradiasse uma forte energia
Que sobe pelo chão e se transforma em ondas de baião, xaxado e xote
E balança a trança do cabelo da menina e quanta alegria!

(Refrão)
De onde é que vem o baião?
Vem debaixo do barro do chão
De onde é que vem o xote e o xaxado?
Vem debaixo do barro do chão
De onde é que vem a esperança, a sustança espalhando o verde dos teus olhos pela plantação
Vem debaixo do barro do chão

De onde é que vem o lundu?
Vem debaixo do barro do chão
De onde é que vem o baião?
Vem debaixo do barro do chão
E o maracatu, menina?
Vem debaixo do barro do chão
De onde é que vem o samba?
Vem debaixo do barro do chão
O afoxé?
Vem debaixo do barro do chão



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                                          O Frevo
O frevo é um ritmo musical e uma dança brasileira com origem no estado de Pernambuco. Sua música baseia-se na fusão de gêneros como marcha, maxixe, dobrado e polca, e sua dança foi influenciada pela capoeira.

Foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela UNESCO no ano de 2012.
Surgido em Pernambuco no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que capoeiristas saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte.

A capoeira, luta desenvolvida por escravos africanos em solo brasileiro e que tem em Pernambuco um de seus berços, influenciou diretamente as origens do frevo. Na foto, capoeiristas em Olinda.
O frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval para proporcionar mais animação nos folguedos. Com o decorrer do tempo, o frevo ganhou características próprias.

Pintando a Cara
Banda de Pau e Corda

Pintando a cara
Apareceu aquela alegria
Aquela magia


Da felicidade
O riso maior que a boca
A boca maior que a vida
Pintando a cara
Ele segura a sua sombrinha
E pula que pula
O frevo rasgado
E bebe que bebe
A sua loirinha
Pintando a cara
Ele se esconde
Da pele que é sua
E sai com coragem
No meio da rua
E segue que segue
O bloco que passa














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Frevo Na Multidão
Agepê


Olha que o frevo chegou de repente
Só entra no frevo quem sente
O frevo no coração
Quando piso em Pernambuco
No frevo eu fico maluco
No meio da multidão
E nesses três dias de festa
O povo se manifesta
Com a sombrinha na mão

E nesses três dias de festa
O povo se manifesta
Com a sombrinha na mão

Inocentes do Rosarinho
Capiba abre caminho
O frevo se espalha no ar
Vem moreninha linda
Vamos partir para Olinda
Pra gente cantar e pular
Eis que surge Bola de Ouro

É um tremendo estouro
Beleza sem par
E nesse turbilhão de alegria
Tem batuta de água fria

Vou me acabar
E nesse turbilhão de alegria
Tem batuta de água fria
Vou me acabar

Que beleza de Pernambuco
Vamos'imbora
Olha que o frevo chegou de repente
Só entra no frevo quem sente
O frevo no coração
Quando piso em Pernambuco

No frevo eu fico maluco
No meio da multidão
E nesses três dias de festa
O povo se manifesta
Com a sombrinha na mão

E nesses três dias de festa
O povo se manifesta
Com a sombrinha na mão
Vai

Inocentes do rosarinho
Capiba abre caminho
O frevo se espalha no ar
Vem moreninha linda

Vamos partir para Olinda
Pra gente cantar e pular
Eis que surge Bola de Ouro
É um tremendo estouro
Beleza sem par
E nesse turbilhão de alegria
Tem batuta de água fria
Vou me acabar

E nesse turbilhão de alegria
Tem batuta de água fria
Vou me acabar

Vai
Quero ver
Vamos'imbora


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Me Segura Que Senão Eu Caio
Alceu Valença

Nos quatro cantos cheguei
E todo mundo chegou
Descendo ladeira
Fazendo poeira
Atiçando o calor

E na mistura colorida da massa
Fui bater na praça a todo vapor
Descambei passando pelos bares
Cheirei a menina e voei pelos ares
No pique do frevo caí como um raio

Me segura que senão eu caio
Me segura que senão eu caio

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Vassourinha Elétrica
Moraes Moreira


Varre, varre, varre vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Frevo, chuva de frevo e sombrinhas
Metais em brasa, brasa, brasa que ardia

Varre, varre, varre vassourinhas
Varreu um dia as ruas da Bahia
Abriu alas e caminhos pra depois passar
O trio de Armandinho, Dodô e Osmar (bis)

E o frevo que é pernambucano, ui, ui, ui, ui
Sofreu ao chegar na Bahia, ai, ai, ai, ai
Um toque, um sotaque baiano, ui, ui, ui, ui
Pintou uma nova energia, ai, ai, ai, ai

Desde o tempo da velha fubica, hahahahaha...
Parado é que ninguém mais fica
É o frevo, é o trio, é do povo
É o povo, é o frevo, é o trio

Sempre junto fazendo o mais novo (bis)
Carnaval do Brasil

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                                       MaracatuMaracatu é um ritmo musical, dança e ritual de sincretismo religioso com origem no estado brasileiro de Pernambuco.
Conforme o "baque" ou batida, existem dois tipos: Baque Virado (Maracatu Nação) e Baque Solto (Maracatu Rural). O primeiro, bastante comum na área metropolitana do Recife, é o mais antigo ritmo afro-brasileiro; e o segundo é característico da cidade de Nazaré da Mata (Zona da Mata Norte de Pernambuco).
É caracterizado pelo uso predominante de instrumentos de percussão de origem africana. Com ritmo intenso e frenético, teve origem nas congadas, cerimônias de coroação dos reis e rainhas da Nação negra.
Na percussão chama-se a atenção os grandes tambores, chamados alfaias que são tocados com talabartes (baquetas especiais para o instrumento). Estes dão o ritmo ou o baque da música e são acompanhados pelos caixas ou taróis, ganzás e um gonguê ou agogô.
Há poucos anos houve um movimento de reação sócio-cultural em Recife que fundiu o ritmo maracatu com a influência da música eletrônica. Assim surgiu o movimento Manguebeat, criado por Chico Science, um maracatu moderno. Outras referências são a Nação Zumbi, a Mundo Livre S/A, a Mestre Ambrósio, entre outros seguidores do movimento.

Resultado de imagem para cavalo de Pau alceu valença Maracatu
Alceu Valença

Zabumba de bombos,
Estouro de bombas,
Batuques de ingonos,
Cantigas de banzo,
Rangir de ganzás...

Luanda, Luanda, aonde estás?
Luanda, Luanda, aonde estás?


As luas crescentes
De espelhos luzentes,
Colares e pentes,
Queixares e dentes
De maracajás...

Luanda, Luanda, aonde estás?
Luanda, Luanda, aonde estás?

A balsa do rio
Cai no corrupio
Faz passo macio,
Mas toma desvio
Que nunca sonhou...

Luanda, Luanda, aonde estou?
Luanda, Luanda, aonde estou?




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                                   Carimbó 
O Carimbó é um ritmo musical amazônico e também uma dança de roda de origem indígena, típica da região norte do estado do Pará, no Brasil, influenciado por negros (percussão e sensualidade) e portugueses (palmas e sopro). O nome também se aplica ao tamborutilizado nesse estilo musical, chamado de "Curimbó".
Na forma tradicional, o Carimbó é chamado de "pau e corda", peculiar pela batida do tambor curimbó acompanhado por banjo e maraca. Referido em algumas bibliografias como “samba de roda do Marajó” e “baião típico de Marajó”.
O carimbó é considerado um gênero de dança de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se, recebendo outras influências, principalmente da cultura negra. O ritmo sofreu repressão/proibição por séculos devido a origem, chegou inclusive ser proibido no município de Belém (capital do Pará) através da repressão governamental no “Código de Posturas de Belém”, de 1880, no capítulo específico intitulado “Das bulhas e vozeiras”.
"É proibido, sob pena de 30.000 reis de multa: (...) Fazer bulhas, vozerias e dar autos gritos (...). Fazer batuques ou samba. (...) Tocar tambor, carimbó, ou qualquer outro instrumento que perturbe o sossego durante a noite, etc."
Nas últimas décadas, o carimbó ressurgiu como música regional e como uma das principais fontes rítmicas (matriz) de gêneros contemporâneos, como lambada e tecnobrega. A expressão cultural espalhou-se também pela Região nordeste do Brasil, atualmente está muito associado as festividades religiosas e, tornou-se patrimônio Cultural Imaterial do Brasil em setembro de 2014.O registro foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(IPHAN).
"Carimbó" do tupi "korimbó", originado do instrumento de percussão indígena, junção de "curi" (pau oco) e "m’bó" (furado), significando “pau que produz som". Devido a forte presença do instrumento "curimbó", tambor que marca o rítmo, feito artesanalmente com a escavação de um tronco de árvore, encoberto com couro de animal e afinado ao calor do fogo.
História: 
É difícil afirmar com exatidão onde surgiu o ritmo, disputam a localidade de Marapanim e a Ilha de Marajó. Sendo a música preferida pelos pescadores e agricultores paraenses, embora não conhecida como carimbó, sendo apenas uma representação rimada dos aspectos da vida simples recitada pelos ribeirinhos, acompanhado pelo curimbó. O festejo normalmente ocorria após a pescaria e o plantio.




















Sinha Pureza
Pinduca


Olê lê olá lá,misturei carimbó siriá
Carimbó sirimbó é gostoso
é gostoso em Belém do Pará

Vou ensinar a sinhá pureza
A dançar o meu sirimbó
Sirimbó que remexe mexe

Sirimbó da minha vovó
Vai dançando sinhá pureza
Rebolando pode requebrar

Carimbó, sirimbó é gostoso
É gostoso em Belém do Pará

Ô lêlê ô lalá
Misturei carimbó e siriá
Carimbó sirimbó é gostoso

É gostoso em Belém do Pará

Olê lê olá lá,misturei carimbó siriá
Carimbó sirimbó é gostoso
é gostoso em Belém do Pará


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Sirimbó




















Sirimbó 
Chico Cesar

Para dançar sirimbó
Arriba a saia meu bem sirimbó 

Não importa se é secretária
Se a conta bancária tem fundos ou não

Se é professora ou dentista
se vai ao analista
Se tem uma paixão

Para dançar sirimbó
Arriba a saia meu bem sirimbó 

Se curte Madonna ou Pinduca
Se é doida ou maluca
Certinha ou zen
A moça que vai na paulista também é farrista
Serimba também

Para dançar sirimbó
Arriba a saia meu bem sirimbó (3x)
Se é traficante de coca
Se come pipoca antes da matinê
Se chega tarde na escola
Meu bem não enrola serimba você

Para dançar sirimbó
Arriba a saia meu bem sirimbó 

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                                        Siriá



A Dança Do Siriá
Roberto Leal


Siriá, meu bem siriá.

Estava dormindo, vieram me acordar.

Siriá, meu bem siriá.

Estava dormindo, vieram me acordar.

Se eu soubesse, não vinha do mato.

Pra tirar sarará do buraco.

Se eu soubesse, não vinha do mato.

Pra tirar sarará do buraco.

Ah! Como é bom pescar à beira-mar em noite de luar!

Ah! Como é bom pescar à beira-mar em noite de luar!


Maçariquinho na beira da praia, como é que a mulher

levanta a saia?

Maçariquinho na beira da praia, como é que a mulher

levanta a saia?

É assim, é assim, é assim o lê lê.

É assim que a mulher levanta a saia.

É assim, é assim, é assim o lê lê.

É assim que a mulher levanta a saia.


Siriá, meu bem siriá.

Estava dormindo, vieram me acordar.

Siriá, meu bem siriá.

Estava dormindo, vieram me acordar.

Se eu soubesse, não vinha do mato.

Pra tirar sarará do buraco.

Se eu soubesse, não vinha do mato.

Pra tirar sarará do buraco.


Bate o pé no chão, morena.

Bate o pé no chão, morena.

Bate o pé no chão, morena.

Bate o pé no chão, morena.


Ah! Como é bom pescar à beira-mar em noite de luar!

Ah! Como é bom pescar à beira-mar em noite de luar!


Siriá, meu bem siriá.


Estava dormindo, vieram me acordar.


Siriá, meu bem siriá.


Estava dormindo, vieram me acordar.

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                                              Xaxado



O xaxado foi difundido pelo Nordeste brasileiro por Lampião e seu bando.
Xaxado é uma dança popular brasileira originada no Sertão de Pernambuco.
Foi muito praticada no passado pelo cangaço da região, em celebração às suas vitórias.
A palavra xaxado é uma onomatopeia do barulho xa-xa-xa, que os dançarinos fazem ao arrastar as alpercatas no chão durante a dança.
Há controvérsias, sobre a origem do xaxado. Alguns pesquisadores, como Benjamin e Luís da Câmara Cascudo, afirmam que é uma dança originária do alto Sertão de Pernambuco, outros que ela tem sua origem em Portugal e alguns outros ainda dizem que sua origem é indígena.
O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros, notoriamente do bando de Lampião, no inicio dos anos 1920, em Vila Bela, atual Serra Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas.
Originalmente a estrutura básica do xaxado é da seguinte forma: avança o pé direito em três e quatro movimentos laterais e puxa o pé esquerdo, num rápido e deslizado sapateado. Os passos estão relacionados com gestos de guerra, são graciosos porém firmes. A presença feminina apareceu depois da inclusão de Maria Bonita e outras mulheres ao bando de Lampião. O nome "xaxado" não era só por causa dos barulhos das sandálias. O xaxado pode ser visto de varias maneiras de acordo com o seu ponto de vista por exemplo: A dança do xaxado é vista uma dança rica em sua cultura e extremamente folclórica que tem seus estilos naturais e sem alterações. Porém a sua música seja agressiva e satíricas ,motivos pelo qual a Câmara Cascudo considerou o xaxado com uma variante do parraxaxá, um canto de insulto dos cangaceiros, executados nos intervalos das descargas de seus fuzis contra a polícia. O rifle na época substituia a mulher, como dizia o cantor e compositor Luiz Gonzaga, um dos grandes divulgadores do xaxado.O rifle é a dama. E seus instrumentos eram o pífano, zabumba, triângulo e a sanfona.
Indumentária.
As roupas eram sempre em tons marrons e cáqui, de couro para que se protegessem dos espinhos da caatinga do sertão e sempre acompanhadas do rifle e da alpercata do mesmo material.




Xaxado
Luiz Gonzaga


Xaxado é dança macha
Dos cabra de Lampião
Xaxado, xaxado, xaxado
Vem lá do sertão

Xaxado, meu bem, xaxado
Xaxado vem do sertão
É dança dos cangaceiros
Dos cabras de Lampião

Quando eu entro no xaxado
Ai meu Deus
Eu num paro não
Xaxado é dança macha
Primo do baião


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Óia Eu Aqui de Novo
Luiz Gonzaga

Óia eu aqui de novo, xaxando
Óia eu aqui de novo, para xaxar

Vou mostrar pr'esses cabras
Que eu ainda dô no couro
Isso é um desaforo
Que eu não posso levá

Óia eu aqui de novo, cantando
Óia eu aqui de novo, xaxando

Óia eu aqui de novo, mostrando
Como se deve xaxar
Vem cá morena bela, vestida de chita
Você é a mais bonita desse meu lugá
Vai chamá Maria, chamá Luzia
Vai chamá Zabé, chamá Requé
Diz que tô aqui com alegria
Seja noite ou seja dia
(Eu tô aqui pra ensiná: Xaxado)



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                                               Xote 

Xote é um ritmo musical dançante executado por diversos cantores e conjuntos de forró. É um ritmo dançante muito tocado nas festas juninas em diversos estados do Nordeste brasileiro.
O xote gaúcho é uma variação do rítmo, tocado no extremo sul do Brasil.
A palavra xote teve origem na palavra alemã "schottisch", que significa escocesa, pois a dança inicialmente era uma referência à polca escocesa.
O "schottsch" chegou ao Brasil em 1851, através do português José Maria Toussaint. Inicialmente era difundida apenas entre a elite mas, não demorou muito para os escravos se interessarem, e através de observações, acabaram adaptando a coreografia para seu próprio jeito, com mais giros e movimentos, passando a ser conhecido com o nome de xótis ou xote.
O xote tornou-se uma dança típica do Nordeste do Brasil. É tocado por uma banda composta principalmente de sanfona, pandeiro e triângulo.
Há outro tipos, como o xote carreirinha, onde os casais correm no mesmo rumo, muito comum no Rio Grande do Sul, e o xote de sete volta, em que o casal tem que dar voltas pelo salão, em uma direção, depois em direção contrária.















Só Xote
Luiz Gonzaga


Sanfoneiro, toque o xote
Toque o xote que eu quero xotear
Nesse xote, eu danço a noite inteira
Xoteando para o povo apreciar bis

Dançar xote
Com quem sabe é bom demais
Tenho certeza que dança melhor não há
Por isso, eu peço
Sanfoneiro toque xote, toque o xote
Toque o xote, que eu quero xotear



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Xote das Meninas
Luiz Gonzaga

Mandacaru quando fulôra na seca
É o sinal que a chuva chega no sertão
Toda menina que enjoa da boneca
É sinal que o amor já chegou no coração
Meia comprida, não quer mais sapato baixo
Vestido bem cintado não quer mais vestir timão

Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar
Ela só quer só pensa em namorar

De manhã cedo, já tá pintada
Só vive suspirando, sonhando acordada
O pai leva ao doutô
A filha adoentada

Não come, não estuda, não dorme, não quer nada
Mas o doutô nem examina
Chamando o pai de lado
Lhe diz logo em surdina:
O mal é da idade
E que pra tal menina
Não há um só remédio em toda a medicina

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Xote dos Milagres
Falamansa

Escrevi seu nome na areia
O sangue que corre em mim sai da tua veia
Veja só, você é a única que não me dá valor
Então por que será que este valor é o que eu ainda quero ter
Tenho tudo nas mãos, mas não tenho nada
Então melhor ter nada e lutar pelo que eu quiser

Ê, mas pera aê
Ouça o forró tocando e muita gente aê
Não é hora pra chorar
Porém não é pecado se eu falar de amor
Se eu canto sentimento seja ele qual for

Me leva onde eu quero ir
Se quiser também pode vir
Escuta o meu coração
Que bate no compasso da zabumba de paixão

Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Que este xote faz milagre acontecer
Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Que este xote faz milagre acontecer

Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Que este xote faz milagre acontecer

Ê pra surdo ouvir, pra cego ver
Falamansa faz milagre acontecer




******************************************************                                       Maxixe

O Maxixe ou tango brasileiro, é um tipo de dança de salão brasileira criada por afrodescendentes que esteve em moda entre o fim do século XIX e o início do século XX. Teve a sua origem no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, mais ou menos quando o tango também dava os seus primeiros passos na Argentina e no Uruguai, do qual sofreria algumas influências. Dançada a um ritmo rápido de 2/4, notam-se também influências do lundu, das polcas e das habaneras. Por isso mesmo, o maxixe é chamado por alguns de tango brasileiro. Alguns relatos afirmam também uma diferença com relação à harmonia, sendo a do tango brasileiro (como os de Ernesto Nazareth) um pouco mais complexa do que de seu "irmão", o maxixe.
Foi criado pelos chorões, conjuntos instrumentais de choro, fazendo uma variante altamente sincopada da habanera, gênero cubano que também era chamado tango-habanera (o primeiro uso da palavra "tango" é datado de 1823, em Havana,[1]) e que, na sua variante brasileira, passou a ser chamado "tango brasileiro". Até o advento do samba, o maxixe foi o gênero dançante mais importante do Rio de Janeiro.[2]











Maxixe da Zeferina
Chiquinha Gonzaga


Sou mulata brasileira
Sou dengosa feiticeira
A flor do maracujá
A flor do maracujá

Minha mãe foi trepadeira
Ela arteira e eu arteira
Inigualmente a trepar
Inigualmente a trepar

Pança com pança
Bate com jeito
Entra na dança
Quebra direito
Quebra direito

Esse maxixe
Quase me mata
Não se enrabiche
Pela mulata
Pela mulata

Este maxixe
Quase me mata
Não se enrabiche
Pela mulata
Pela mulata


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                                      Polca

A Polca foi muito famosa no Brasil na época de 1858, com muitas danças criadas desse estilo pela compositora brasileira Chiquinha Gonzaga.

Atraente
Chiquinha Gonzaga


Atraente
Chiguinha Gonzaga
Rebola bola e atraente vai
Esmigalhando os corações com o pé
E no seu passo apressadinho, tão miúdo, atrevidinho
Vai sujando o meu caminho, desfolhando o mau me quer

Se bem que quer, seja se quer ou não
Bem reticente, ela só faz calar
Ela é tão falsa e renitente, que até,
Atrai só o seu pensar

Como é danada
perigosa
vaidosa
desastrosa
escandalosa
rancorosa
e rancorosa
incestuosa
e tão nervosa
e bota tudo em polvorosa, quando chega belicosa
bota tudo pra perder

Amour, amour
Tu jure amour, trè bien
Mas joga fora esta conversa vã
Não vem jogarO calor está abrasad 

Faz bola de papel
E na janela de papelotes
A Berenice namorisca
Um curriel

À reclamar silêncio
Surge o seu Fulgêncio
Um de bom comendador
Sim, porque nesta altura
Chega o padre cura
Com o corregedor

Entra o Souza
Que vem pisando em ovos
Com as botas de verniz
Enquanto a esposa
De olhos em alvo
Fica torcendo
Os cabelinhos do nariz

Por traz de uma cortina
Vê-se a Minervina
Que é mais preta
Que um tição
E diz entre risadas
Quebra dona Alice
Quebra seu Beltrão

Atenção acordes na Dalila
Seu Gil vai recitar
Formam roda
E o moço encalistrado
Começa a gaguejar

Tem um chá
Bolinhos de polvilho
E outros triviais
São onze oras
Apague o gás
E assim termina
O bailarico das Novaes
E tome polca


Polca + Lundu = Maxixe


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Canta Canta, Minha Gente
Martinho da Vila


Canta Canta, minha Gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar.

Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.

Cantem o samba de roda,
O samba-canção e o samba rasgado.
Cantem o samba de breque,
O samba moderno e o samba quadrado.

Cantem ciranda, o frevo,
O côco, maxixe, baião e xaxado,
Mas não cantem essa moça bonita,
Porque ela está com o marido do lado.

Canta Canta, minha gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar.

Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Mas a vida vai melhorar.
A vida vai melhorar.

Quem canta seus males espanta
Lá em cima do morro
Ou sambando no asfalto.
Eu canto o samba-enredo,

Um sambinha lento e um partido alto.
Há muito tempo não ouço
O tal do samba sincopado.
Só não dá pra cantar mesmo
É vendo o sol nascer quadrado.

Canta Canta, minha gente.
Deixa a tristeza pra lá.
Canta forte, canta alto,
Que a vida vai melhorar.

Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Mas eu disse: Que vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.

Ora se vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.
Mas será que vai melhorar?
Que a vida vai melhorar.

Eu já vou é me mandar.
Que a vida vai melhorar.
Que a vida vai melhorar.




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Calango

O Calango é um ritmo musical característico da cultura fluminense rural, tocado em bailes e festas do interior, que envolve uma dança bailada em dupla. É executado por dois ou mais cantadores que se postam lado a lado e jogam alguns versos memorizados (o refrão) e, principalmente, improvisos. Vera de Vives (1977) aponta diferenças entre o “calango-de-baile” e a lera, sendo um cantado com versos decorados e o outro apenas como desafio de rimas entre os calangueiros – termo utilizado para se referir aos repentistas do Calango. Embora seja comum associar o Calango ao interior do estado do Rio de Janeiro, alguns calangos podem ser rastreados até o norte de Minas Gerais. Registros do Calango podem ser encontrados também na área rural do estado de São Paulo e do Espírito Santo.
Segundo relato gravado no documentário “Calangos e Calangueiros”, produzido em 2007 por Flávio Cândido para o Edital de apoio a documentários etnográficos sobre patrimônio cultural imaterial – Etnodoc, a importância do Calango à região se deve ao uso desse gênero musical em pousadas de folia, com o objetivo de entreter os moradores e angariar fundos para uma festa típica local.
A característica musical do Calango é a sanfona (de oito baixos), embora a viola seja quase indispensável. O seu ritmo binário é conduzido por instrumentos como o pandeiro, a caixa, o reco-reco e o chocalho, constantemente batido como toada ligeira. O violão e cavaquinho também acompanham o conjunto musical. A melodia é invariavelmente a mesma, repetida a cada estrofe, seguindo um padrão de quatro ou seis versos improvisados, em que o primeiro verso deve rimar com o terceiro e o segundo deve rimar com o quarto e, quando houver, com o sexto verso, assim sucessivamente de acordo com a quantidade de versos. Nando Brasil (2006) aponta a “repetição de notas nos fragmentos melódicos” (p. 24) dos versos do

Calango
Alvarenga e Ranchinho

É do calango
É do calango do joá
Aprendi a cantar calango
Numa noite de Natá
Bebendo café com leite
E bolinho de fubá
É do calango
É do calango do joá
Bebi leite de cem vacas
Na porteira do curral
Não bebi de 120
Porque não quiseram dar
É do calango
É do calango do joá

Que eu andei 50 léguas
No lombo de uma preá
Mandioca no tipiti
Dá farinha e dá jubá
É do calango
É do calango do joá


Esta moda do calango
Vou cantando sem parar
Canto a moda do calango
Até o canto melhorar

É do calango
É do calango do joá
Menina de 11 anos
Chora pra me acompanhar

Quem não tem peneira fina
Não pode coar fubá
É do calango
É do calango do joá

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Calango Longo
Martinho da Vila


Calango longo
No calango tem branquinha
Se meu pai foi calangueiro
Também vou calanguear

Segura branco
Na cintura da pretinha
Deita a cabeça no ombro
E deixe o corpo balançar

Minha mãezinha
Que já tá com noventinha
Vou cantar essa modinha
Pra senhora se lembrar
Daquele tempo
Que vivia lá na roça
Com uma filha na barriga
E com o Martinho pra criar

Sou calangueiro
Partideiro, cirandeiro
E só não fui sanfoneiro
Por preguiça de tocar

Sou amarrado
Nesse som da minha terra
Vou lá pro alto da serra
Com você calanguear

Menininha, bonitinha
Vem comigo que você vai gostar
Vê se mora no som desse calango
E vê logo que é bom de se dançar

Meu neguinho, vamos embora
Já e hora de se mandar
Amanhã eu vou ter que acordar cedo
E bem cedo eu vou ter que trabalhar

Minha gente sertaneja
Dá licença pro sambista falar
Eu botei contrabaixo no calango
Mas juro que foi pra melhorar




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Calango Vascaíno
Martinho da Vila

Eu quis namorar a pobre
Pobretão não quis deixar
Só queria moço rico
Pra com ela namorar

Eu quis namorar a rica
Henricão não quis deixar
Pois sonhou com moço nobre
Pra com ela se casar

Tentei namorar a preta
O negão não quis deixar
Tinha que ser moço louro
Pra poder chegar pra lá

Tentei namorar a loira
Seu loiro não quis deixar
Tinha que ser bem moreno
Pra poder miscigenar

Tô sem consolo
Ninguém vem me consolar
Vou cantando meu calango
Que é pra vida melhorar

O meu calango
Até a vida melhorar
E minha única alegria é ver o Vasco jogar
Minha alegria
É ver o Vasco jogar

Eu tô cansado da derrota
Mas não vou me entregar
É de derrota
Mas não vou me entregar

E se a morte é um descanso
Eu não quero descansar



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Calango da Lua
Martinho da Vila

Se a lua brilha
Lá no alto da montanha
Eu só fico apreciando
A beleza do luar

E me lembrando
Do meu tempo de criança
Quando eu só enchia a pança
Sem ter que me preocupar

Jogava bola
E pulava amarelinha
Gazetiava na escola
E rodava o meu pião

Com atiradeira
Eu caçava uma rolinha
E curtia uma fogueira
No dia de São João

Se a lua brilha
Deixa a lua brilhar
Se a sanfona tá tocando
Deixa a sanfona tocar

Deixa a sanfona tocar
Que eu vou pensando num verso
Pra poder improvisar
Pra poder calanguear

Pegue na cintura dela
E jogue o corpo devagar
Que a vida é muito curta
Temos que aproveitar












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                                             Coco

O coco é um ritmo típico da Região Nordeste do Brasil. Há controvérsias sobre o estado em que se originou, sendo citados os estados de Pernambuco, da Paraíbae de Alagoas. O nome refere-se também à dança ao som deste ritmo.
"Coco" significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino. Recebe várias nomenclaturas diferentes, como pagode, zambê, coco de usina,coco de roda, coco de embolada, coco de praia, coco do sertão, coco de umbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco de ganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto da população local.
O som característico do coco vem de quatro instrumentos (ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos(que são usados para imitar o barulho do coco sendo quebrado). A sandália de madeira é quase como um quinto instrumento, talvez o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é completada com as palmas. Existe uma hipótese que diz que o surgimento do coco se deu pela necessidade de concluir o piso das casas no interior, que antigamente era feito de barro. Existem também hipóteses de que a dança teria surgido nos engenhos ou nas comunidades de catadores de coco.


Côco Social
Jackson do Pandeiro



Ele é pernambucano, do canavial
Veio pro salão, é social. (coro-repete)

Madame na boate fica solfejando
Ao som da champanhota diz: o coco é bom!
O musicista toca sem sair do tom
Toda gente bem fica admirando

Disse o criminalista: esse coco mata!
É super bizantino diz o general
Jacinto de Thormes na pena não dorme
E diz o coco é bom, é social. (bis)

Ele é pernambucano, do canavial...
Veio pro salão, é social. (coro-repete)
O diplomata canta baixo na surdina
O financista gosta e faz anotação

Banqueiro financia, pois vale um milhão
Diz a dama de preto, é dança granfina
Jurista de renome aconselha o povo
O almirante diz: ele é nacional

Ibrahim Sued esforço não mede
E diz o coco é bom; é social. (bis)
Ele é pernambucano, do canavial
Veio pro salão, é social. (coro-repete)


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Coco do Norte
Jackson do Pandeiro

Oi responda esse coco com palma de mão
Isso é coco do Norte, nunca foi baião.

No coco do Norte tem caracaxá
Zabumba, ganzá, poeira do chão
Coqueiro fazendo improvisação
Compadre e comadre seguro na mão
Batendo umbigada com palma de mão.

Tem coco praieiro na terra batida
Que é dança querida na beira do mar
O vento a soprar, a onda quebrando
A lua espiando com satisfação

Isso assim é coco, nunca foi baião
No coco do Norte tem Pedro, tem Joca
Tem Dida, tem Noca, tem Paulo, tem João
Tem Chica Cancão, Didi Sebastiana
Dedé e Joana na palma da mão

Isso assim é coco nunca foi baião.


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Coco de Improviso
Quem roubou meu sabiá

Fique sabendo bem caro tem que pagar! 

Joguei meu limão p
Triste da moça solteira

Que cai na boca do mundo
Quem roubou meu sabiá

Fique sabendo bem caro tem que pagar! 

Quem viajar para o Norte
Se achar um lenço, é meu
Com uma letrinha na ponta
Foi meu amor quem me deu

Quem roubou meu sabiá
Fique sabendo bem caro tem que pagar! 
O trovão ronca na serra
E saudade vem me dar
Da festa de Tapuã
No dia de Iemanjá

Quem roubou meu sabiá
Fique sabendo bem caro tem que pagar! 

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Coco do M
Jacinto Silva


Mané mandou
Maria, Matheu
E Murilo mandou o meu
martelo e meia má

Quando canto esse côco
A minha língua treme
Quem fizer outro côco em M
Eu amarro e mando matar

Eu sou um matuto moço
Morou no mato é madeira
Mandioca, manipuêra
Marco modo de mudar

Mandei Matias
amarrar mói de marmeleiro Malaquia.
Marinheiro, mangueiro e maracujá.


Mané mandou
Maria, Matheu
E Murilo mandou o meu
martelo e meia má

Quando canto esse côco
A minha língua treme
Quem fizer outro côco em M
Eu amarro e mando matar

Mulher maldosa, Madalena, macumbeba,
maniçoba, manipepa, manguito, mero e mangar
Melão maduro, morcego, mosqueiro e muro
Mofino, medo e monturo, mamoeiro e miramar

Mané mando
Maria, Mate
E Murilo mndou o meu
martelo e meia má

Quando canto esse côco
A minha língua treme
Quem fizer outro côco em M
Eu amarro e mando matar

Mestre Matoso, morador Mendes Medeiro
morava em Monteiro de milho mole, munguzá
malicioso, mungangueto e macumbeiro
Esse meu côco é maneiro mas é ruim de se cantar.

Mané mandou
Maria, Matheu
E Murilo mandou o meu
martelo e meia má

Quando canto esse côco
A minha língua treme
Quem fizer outro côco em M
Eu amarro e mando matar



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                                          Lundu 

O lundu, também conhecido como landum, lundum e londu, é uma dança e canto de origem africana introduzido no Brasil provavelmente por escravos de Angola.
Originado no batuque africano, o lundu em fins do século XVIII não era ainda uma dança brasileira, mas uma dança africana do Brasil, e começou a ser mencionado em documentos históricos a partir de 1780.
Musicólogos afirmam que o samba tem sua origem no lundu, por via do maxixe, mas há controvérsias quanto a esse ponto.

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Lundu Chorado
Nei Lopes

Sinhá na rede dormindo
Duas mucamas ao lado
Cena de um tempo passado
Que outro poeta escreveu
Em meio ao sono a senhora
Vai toda se amolengando
Está, por certo, sonhando
Com certo alguém que sou eu

Eu não sou ralador
Para o coco ralar
Não sou de salvador
Nem belém do pará
Meu claro senhor
Olhe sua sinhá
Ta me olhando com dengo
Para me enfeitiçar

Calma de flor de laranja
Pele de manga madura
Gostinho bom de verdura
Fonte fazendo chuá
Voz de viola chorando
Olhos como a estrela d'alva
Restos de origem fidalga
Eis o perfil da sinhá

Eu não sou ralador
Para o coco ralar
Não sou de salvador
Nem belém do pará
Meu claro senhor
Olhe sua sinhá
Ta me olhando com dengo
Para me enfeitiçar

Não por ser branca e senhora
Mas por ser boa e bonita
É que a senhora me agita
Faz-me a viola chorar
Claro senhor, não se atreva
Que eu tenho cá meus motivos
Eu só me faço cativo

Se for pra sua sinhá
Eu não sou ralador
Para o coco ralar
Não sou de salvador
Nem belém do pará
Meu claro senhor
Olhe sua sinhá
Ta me olhando com dengo
Para me enfeitiçar



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Lundú da Rapariga
Alcione

Bambaquerê
Bate barriga, oi sinhá
No meu lundu, Lê Lê Lê
Da rapariga, oi sinhá

Sou um velho lunduzeiro
Teu amor eu quero amar
Teu carinho gemedeiro
Arde mais que vatapá
No gemido da viola
No tremido do ganzá
Teu umbigo me consola
Teu suspiro faz sonhar

Bambaquerê
Bate barriga, oi sinhá
No meu lundu, Lê Lê Lê
Da rapariga, oi sinhá

Tua mão assanhadeira
Faz a rede se enroscar
Tua boca bulideira
Bole a luz do meu olhar
Sob a luz do candeeiro
Ou no brilho do luar
O teu corpo moreneiro
Vem o meu amenizar

Bambaquerê...


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                                                          Catira  


A catira também pode ser chamada de cateretê , é uma dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos. De origem híbrida, com influências indígenasafricanas e europeias, a catira (ou "o catira") tem coreografia executada no Brasil, (boiadeiros e lavradores) e pode ser formada por seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam a moda.

É uma dança típica do interior do Brasil, principalmente na área de influência da cultura sertaneja (Mato GrossoGoiás, norte do ParanáMinas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso do SulTocantins e principalmente São Paulo).
coreografia da catira apesar de parecer semelhante varia bastante em determinados aspectos, havendo diferenças nítidas de uma região para outra. Normalmente é apresentada com dois violeiros e dez dançarinos.

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A Dança do Catira
Irmãs Galvão

Eu peguei na viola...
Eu peguei no violão...
Mas aqui primeiramente eu vou fazer a saudação
E a todos que estão presentes vai meu aperto de mão
Vou convidar os presentes pra nóis bater pé no chão

O catira é dança alegre
O catira é do sertão
O catira só se toca com viola e violão
Ai, ai, com viola e violão (2x)

Catireiro bate palma
Também bate o pé no chão
Catireiro dança alegre com muita satisfação
Ai, ai, com muita satisfação 

Só se dança o catira em cima de um tablado
Não se pode arrastar o pé
Tem que ser sapateado
Ai, ai, tem que ser sapateado 

Uma palma e o sapateado
E depois o vira vira
A dança se faz alegre no nosso catira tira

Ai, ai, no nosso catira tira 

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Rio Preto

Rio Preto era um negro
Criado na sujeição
No golpe da liberdade
Nego virou valentão

Pos na cinta um Bacamarte
do outro lado um facão
As donzela e as casada
Nego deu perseguição

Foi na casa do Zé Leite
Zé Leite não tava lá
Achando a mulher sozinha
Nego pegou a intimar

Não me aceite por visita
Que eu não vim lhe visitar
Monte aqui na minha garupa
Que eu vim é te buscar

A mulher lhe ofereceu
Duas pataca de ouro
Só me interessa a senhora
O mulher deixe de choro

Essa sua formosura
Vale mais que um tesouro
Se o Zé Leite acha ruim
Queimo pórva no seu couro

Zé Leite quando chegou
Soube do que acontecia
Foi dizer pra sua sogra
Vim entrega sua filha

Quem tratou dezoito anos
Pode tratar mais um dia
Se eu não encontrar Rio Preto
Não procuro mais família

Respondeu seus dois cunhado
Que mostrava lhe estimar
Pode ser no fim do mundo
Rio Preto vamo encontrar

O primeiro atira bem
O do meio regular
O defeito do caçula
É todos tiro não erra

Sairam os três rapaz
Feito onça cumedeira
Atoparam com Rio Preto
No meio da capoeira

Foi na primeira descarga
Rio Preto arriou bandeira
To ferido rapaziada
To na hora derradeira

Eu voz peço José Leite
Não me acabe de matar
Me leve pro padre Amancio
Que eu quero confessar

A morte de Rio Preto
Fez o sertão sossegar
Acabou o pesadelo
Das família do lugar

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Catira

Pra se dançar o catira
Tem que se bater o pé
Vem depois um palmeado
Só não dança quem não quer
Ai, ai, só não dança quem não quer

Primeiro um sapateado
Depois um palmeado
Pro catira sair gostoso
Tem que ser bem animado
Ai, ai, tem que ser bem animado

Pra se dançar o catira
Tem que ter bons violeiros
Nós tocando de viola
Podem vir os catireiros
Ai, ai, podem vir os catireiros

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Resultado de imagem para SÓ NÃO DEIXEI DE SAMBAR BULE BULE

Só Não Deixei de Sambar
Bule-Bule








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Ciranda

Ciranda é um tipo de dança e música de Pernambuco. É originada mais precisamente na Ilha de Itamaracá, através das mulheres de pescadores que cantavam e dançavam esperando eles chegarem do mar. Caracteriza-se pela formação de uma grande roda, geralmente nas praias ou praças, onde os integrantes dançam ao som de ritmo lento e repetido.

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Ciranda Cirandinha
Angélica

Ciranda , cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar 

O anel que tu me destes,
Era vidro
E se quebrou.

O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.

Ciranda , cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar 

Por isso dona rosa
Entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá embora!

Ciranda , cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar .

O anel que tu me destes,
Era vidro
e se quebrou.
Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar 

Por isso dona rosa
Entre dentro dessa roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá embora!

Ciranda , cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar 



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Resultado de imagem para LIA DE ITAMARACÁ DISCO
Minha Ciranda

Minha ciranda não é minha só
Ela é de todos nós
A melodia principal quem
Guia é a primeira voz

Pra se dançar ciranda
Juntamos mão com mão
Formando uma roda
Cantando uma canção





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Cirandeiro

Ó cirandeiro, ó cirandeiro, ó
A pedra do teu anel
Brilha mais do que o sol
A ciranda de estrelas
Caminhando pelo céu
É o luar da lua cheia
É o farol de Santarém
Não é lua nem estrela
É saudade clareando
Nos olhinhos de meu bem

Refrão
A ciranda de sereno
Visitando a madrugada
O espanto achei dormindo
Nos sonhos da namorada
Que serena dorme e sonha
Carregada pelo vento
Num andor de nuvem clara

Refrão
São sete estrelas correndo
Sete juras a jurar
Três Marias, Três Marias
Se cuidem de bom cuidar
No amor e o juramento
Que a estrela D'alva chora


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Imagem relacionada
Ciranda

Nessa ciranda
Quem me deu foi Lia
Que mora na areia de Itamaracá (2x)

Saudade de Caetano,
De Gal
De Bethânia
De Gil
Saudade de Capinan
De Macalé
De Jorge Amado
De Caymmi... ê Dorival
Saudade de Caité
Da Menininha do Cantuá
Saudade de Obra de Laquetus
Saudade da Bahia, tá sabendo?

Nessa ciranda
Quem me deu foi Lia
Que mora na areia de Itamaracá (2x)

A gente tá indo embora
Com saudade do Farol da Barra, Capituba
De Amaralina
Tá beira da preguiça, saudade dela
Do pelourinho
Do Mercado Modelo
Saudade do Vitória
Do Galicia
Do Bahia
Saudade de vaiá
Da Conceição da Praia
Saudade de Lia
E do Senhor do Bonfim

Nessa ciranda
Quem me deu foi Lia
Que mora na areia de Itamaracá 





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O Folclore Brasileiro
https://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/folclore.htm
Bumba Meu Boi https://pt.wikipedia.org/wiki/Bumba_meu_boiFolclore


Bumba meu boi ou boi-bumbá é uma dança do folclore popular brasileiro, com personagens humanos e animais fantásticos, que gira em torno de uma lenda sobre a morte e ressurreição de um boi.

Em diversas cidades do Brasil, especialmente no Norte e no Nordeste, mas também em algumas do Sudeste, como Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro, existem agremiações chamadas bois que realizam cortejos ou outros tipos de apresentações, utilizando a figura do animal, tendo muitas vezes caráter competitivo.

A festa tem ligações com diversas tradições, africanas, indígenas e europeias, inclusive com festas religiosas católicas, sendo associada fortemente ao período de festas juninas.

Festival de Parintins
O Festival de Parintins é uma festa popular realizada anualmente no último fim de semana de junho na cidade de ParintinsAmazonas.
O festival é uma apresentação a céu aberto de diversas associaçõesfolclóricas, sendo o ponto mais importante do evento atualmente é a disputa entre dois bois folclóricos, o Boi Caprichoso de cor azul e o Boi Garantido de cor vermelha. A apresentação ocorre no Bumbódromo.O Festival de Parintins se tornou uma das maiores atrações da cultura local. Durante as três noites de apresentação, as duas associações exploram as temáticas regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos através de alegorias e encenações.

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Parintis, a Ilha do Boi-bumbá -Garantido e Caprichoso, Caprichoso e Garantido
Salgueiro


Alô, você, alô do boi-bumbá
Vem salgueirar, vem salgueirar, vem salgueirar
Vem garantir, iô-iô, vem caprichar, iá-iá
A lenda viva do folclore está no ar
São dois pra lá (ê Boi!)
São dois pra cá...
Dança nativa dos Parintintins
Que maravilha, explosão na ilha dos tupinambás
Mostrando para o mundo inteiro
Hoje o meu Salgueiro é folclore popular

Bate tambor, cunhã-poranga, é puro fogo no ar
Gira meu boi, meu boi-bumbá
Um lado azul, outro vermelho, as cores do festival
É garantido, é caprichoso, o carnaval

Um duelo na floresta
Veio de longe o meu boi-bumbá
Entre rituais nativos
Magias e lendas ao som do tamurá
Este é o Brasil cultural, raça mestiça e amor
Mostrando o seu visual no carnaval
Nossa cultura é assim, o nosso povo é de fé
Vem pro Salgueiro se banhar de axé

Eu sou um índio e só sei amar
Uso arco e flecha, na cabeça um cocar
Banho de cheiro de patchuli
Olha o Salgueiro na Sapucaí

Amazônia É Boi-Bumbá

O clamor dessa gente se vestiu de toada
Virou hino nativo e topa qualquer parada
Conquistando e cantando nosso povo mostrou
Esse boi é valente, esse boi é da gente!
É boi-bumbá, ah,ah,ah,ah,ah

Manaus, parintins amazônia, se enfeitam pro mundo ver
A cultura cabocla famosa, nosso orgulho é boi-bumbá
Identidade de toda a amazônia!

É boi-bumbá, ah,ah,ah,ah,ah

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Resultado de imagem para luiz gonzaga QUADRILHAS
Boi Bumbá
Luiz Gonzaga

Êi boi, êi boi
Ê boi de mangangá } bis
Quem não tem chuculatêra
Não toma café nem chá
Não toma café nem chá } bis
Não toma café nem chá

Ê boi, êi boi
Ê boi do Ceará } bis
Muié segura o menino
Que eu agora vou dançá
Que eu agora vou dançá } bis
Que eu agora vou dançá

Ê boi, ê boi
Ê boi do Piauí } bis
Quem não dançá esse boi } bis
Não pode sair daqui
Não pode sair daqui
Não pode sair daqui

Ê boi, ê boi
Ê boi do Macapá } bis
Quem tá dançando esse boi
É o prefeito do lugar
É o prefeito do lugar } bis
Éo prefeito do lugar

Vamos repartir o boi, pessoa?
Vamos!..

Pra onde vai a barrigueira?
Vai pra Miguel Pereira
E a vassoura do rabo?
Vai pro Zé Nabo
De que é o osso da pá?
De Joãozinho da Fornemá
E a carne que tem na nuca?
É de seu Manuca
De quem é o quarto trazeiro?
De seu Joaquim marceneiro
E o osso alicate?
De Maria Badulate
Pra quem dou a tripa fina?
Dê para a Sabina
Pra quem mando este bofe?
Pro Doutor Orlofe
E a capado filé?
Mande para o Zezé
Pra quem vou mandar o pé?
Para o Mário Tiburé
Pra quem dou o filé miõn?
Para o doutor Calmon
E o osso da suã?
Dê para o doutor Borjan
Não é belo nem doutor
Mas é bom trabalhador
Mas é véio macho, sim sinhor
É véio macho, sim sinhor
É bom pra trabaiá
Rói suã até suar
Ê boi, ê boi
Ê boi do mangangá..



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Bumba meu Boi
Jackson do Pandeiro

Tu precisa ir pro Norte
Ver Bumba meu Boi Bumbá (2x)

Ê bum bum Bumba meu Boi
Ê Bumba meu Boi Bumbá
(Ê bum bum bum Bumba meu boi
Ê Bumba meu Boi Bumbá)

Tu precisa ver a dança
Do reisado imperiá

Ê bum bum Bumba meu Boi
Ê Bumba meu Boi Bumbá
(Ê bum bum bum Bumba meu boi
Ê Bumba meu Boi Bumbá)

No dia desse festejo
Vai toda gente pra rua

Ê bum bum Bumba meu Boi
Ê Bumba meu Boi Bumbá
(Ê bum bum bum Bumba meu boi
Ê Bumba meu Boi Bumbá)

Todo mundo qué espiá
A dança do Boi Bumbá!

Ê bum bum bum Bumba meu Boi...

[Repete Tudo]

Bumba meu Boi Bumbá!
Bumba meu Boi Bumbá!
Bumba meu Boi Bumbá...



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Resultado de imagem para Boi-Bumbá Waldemar Henrique

Boi-Bumbá

Alice Ribeiro 


Ele não sabe que seu dia é hoje
Ele não sabe que seu dia é hoje
Ele não sabe que seu dia é hoje
Ele não sabe que seu dia é hoje

O céu forrado de veludo azul-marinho
Venho ver devagarinho
Onde o Boi ia dançar
Ele pediu pra não fazer muito ruído
Que o Santinho distraído
Foi dormir sem celebrar

E vem de longe o eco surdo do bumbá
Sambando
A noite inteira encurralado
Batucando
E vem de longe o eco surdo do bumbá
Sambando
A noite inteira encurralado
Batucando

Bumba meu Pai do Campo
Bumba meu boi bumbá














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Pedra de responsa
Chico César
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É pedra, é pedra, é pedra
É pedra de responsa
Mamãe eu volto prá ilha
Nem que seja montado
Na onça...(2x)

Quando fui
Na ilha maravilha
Fui tratado como um paxá
Me deram arroz de cuxá
Água gelada da bilha
Cozido de jurará
Alavantú na quadrilha...

É pedra, é pedra, é pedra
É pedra de responsa
Mamãe eu volto prá ilha
Nem que seja montado
Na onça...(2x)

Quando fui
Na ilha maravilha
Fui tratado como um paxá
Me deram arroz de cuxá
Água gelada da bilha
Cozido de jurará
Alavantú na quadrilha...

É pedra, é pedra, é pedra
É pedra de responsa
Mamãe eu volto prá ilha
Nem que seja montado
Na onça...(2x)

Me levaram Boi-bumbá
Prá dançar
Eu dancei!
Me deram catuaba
Prá aprovar
Aprovei!
Me deram um cigarrim
Prá fumar
Menino, como eu gostei...(2x)

É pedra, é pedra, é pedra
É pedra de responsa
Mamãe eu volto prá ilha
Nem que seja montado
Na onça...(2x)

-"Eu volto, minha mãe
Deixa estar que eu volto
Só não sei quando"

Mamãe eu quero sucesso
Dinheiro, mulher
E champanhe
Mamãe teu filho merece
Vera Fischer
Very money
Mamãe eu quero sucesso
Dinheiro, mulher
E champanhe
Mamãe, teu filho merece
Demi Moore
Very money...(2x)

É pedra, é pedra, é pedra
É pedra de responsa
Mamãe eu volto prá ilha
Nem que seja montado
Na onça...(3x)




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Lobisomem


Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

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Mistérios da Meia-Noite

Zé Ramalho


Mistérios da Meia-Noite
Que voam longe
Que você nunca
Não sabe nunca
Se vão se ficam
Quem vai quem foi...

Impérios de um lobisomem
Que fosse um homem
De uma menina tão desgarrada
Desamparada se apaixonou...

Naquele mesmo tempo
No mesmo povoado se entregou
Ao seu amor porque?
Não quis ficar como os beatos
Nem mesmo entre Deus
Ou o capeta
Que viveu na feira...

Mistérios da Meia-Noite
Que voam longe
Que você nunca
Não sabe nunca
Se vão se ficam
Quem vai quem foi...

Impérios de um lobisomem
Que fosse um homem
De uma menina tão desgarrada
Desamparada, se apaixonou

Naquele mesmo tempo
No mesmo povoado se entregou
Ao seu amor porque?
Não quis ficar como os beatos
Nem mesmo entre Deus
Ou o capeta
Que viveu na feira...

Mistérios da Meia-Noite
Que voam longe
Que você nunca
Não sabe nunca
Se vão se ficam
Quem vai quem foi...

Impérios de um lobisomem
Que fosse um homem
De uma menina tão desgarrada
Desamparada, seu professor...

Naquele mesmo tempo
No mesmo povoado se entregou
Ao seu amor porque?
Não quis ficar como os beatos
Nem mesmo entre Deus
Ou o capeta
Que viveu na feira...

Mistérios da Meia-Noite
Que voam longe
Que você nunca
Não sabe nunca
Se vão se ficam
Quem vai quem foi...

Impérios de um lobisomem
Que fosse um homem
De uma menina tão desgarrada
Desamparada, seu professor...

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Resultado de imagem para Djavan Novena
Lobisomem
Djavan



Pelo vento frio que começou a bater
pela paz interior do gado
descuidado caiu do céu um pingo,
vai chover
sou um bicho perdido
um ser acuado num canto do abrigo
um lobisomem...
Adorada distante noite escura
onde Deus se flagra imaginando:
oh! Que dor me dá de ver a terra se ferrar
tá no índio, no grego,
na pele do mundo
a mancha envenenada do ciúme
assisto tudo sem crer,
sem interesse maior
vivo longe de casa e nunca pensei em voltar
assisto tudo sem ver,
nada que vejo é pior
longe da minha amada
nem Deus, nem nada me toca
dia triste, quantos ais
onde estás oh meu amor?
Com quem mais posso pensar no esplendor
dia triste, dor a mais
esplendor que se desfaz
noutros ais
quando se sofre de amor



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Imagem relacionada

Lobsimem
Um Barril de Rap

É triste saber, que ao nascer sem roupa e sem ideia
De pouco em pouco, lobo novo pra essa alcateia
Se todo mundo é lobo e o lobo é lobo do homem
O que era sapiens virou louco, outro lobo e sentiu fome


Dispensa verdades, consome maldades, desfaz aliança

Numa certa idade, o ataque é a melhor segurança

Entendeu amizade? Seu nome é lembrança

Barulho é a guerra o silencio é sinal de vingança




Aqui não é lugar para criança e farsa, não dá confiança

Desconfiança, mudar é pagar a fiança

Recebe e fornece de herança

E a semelhança é um estado natural de ignorância




Transformação fornece a barba, que envolve a cara a tapa

Adrenalina no sangue do vira lata, dilata, boca maior que a do primata

E a arma é só uma boca e a boca é só uma arma pra escrever a carta

Pra esquecer o lado primata, oprimido pela pata

Desse bicho que vos cala, não tem fala, só nos caça a dor

Disfarça o odor que passa, no conto sobre o confronto entre o caçador e a caça




Sai da pele desse cordeiro morto que tu carrega

Ve que o ponto fraco é a prata lá da casa da moeda

O olho brilha por comida e passa o dia na disputa

Rosnando pro inimigo independente da fase da lua








Vivendo e aprendendo, com resquícios desse ópio

E se continuar devendo, terás um terreno próprio

Não levará os ossos, o ardor é o valor do ócio

Morrer é um fator, deixe um pouco de amor ao próximo




[Verso 2 - Sampa]




A fera se liberta, sente dor mas ela vai

Lá fora, noite aberta e um escritor a mais

Maldição que vem do berço, meu passado aqui jaz

Visão que agradeço já não renego mais




Sei que o desconhecido, algum medo atrai

Admirei o objetivo, forte como bonsai

Acredito nesse filho, obrigação de pai

Acredito em mim mesmo mas sempre me cobro mais




Olhado de lado até mesmo por sua matilha

O lobo não pensa, vai em frente, corre e se atira

Dispara sem mira, sem alvo, somente acredita, visa

Em seu caminho, jornada que escolheu pra sua vida




Solto, guiado na noite pela pura luz da lua

Seu corpo alterado por essência, culpa ou loucura?

Personagem sem script, sem corte ele atua

Um filme curta metragem, com o cenário da rua








Faz sua ideologia, algo diferente a seguir

Sabedoria modifica e faz evoluir

Os caminhos são claros, escolha bem antes de ir

Seus destinos, seus atos, um novo eu nasce aqui




A mente é sua toca, os becos são sua selva

O uivo sua revolta, liberdade sua meta

O caçador é o sistema, sua caça o vencer

Sem choro, sem dilema, ou então é triste saber




[Ponte - Froid]




Ao nascer sem roupa e sem ideia
De pouco em pouco, lobo novo pra essa alcateia
Se todo mundo é lobo e o lobo é lobo do homem
O que era sapiens joga pedra, virou lobo é lobisomem





[Verso 3 - Yank]




Madrugada de lua cheia, atormentada com chuva

É sexta-feira negra com um tom de viúva

A sangue frio pelos becos ele uiva

Seus olhar doentio amarelado ofusca a pele ruiva




Criatura do mundão, na solidão ele vaga

Pela noite devolvendo pro mundão toda magoá

Armazenada que em seu coração foi injetada. programada

Registrada num sistema controlada




Estado de natureza que pra muitos é normal

Sobrevivem em meio ao paraíso artificial

O pé atrás é o pontapé inicial, pra te jogarem

Aqui na selva, playground de lobo mau




Mas não se entrega não, se liberta dessa hipnose

Você foi mais homem que lobo, antes dessa metamorfose

Um passado mal passado, eu sei que é duro

No presente, mas o que que cê pressente para o futuro?




Eu quero de presente o futuro que tenho em mente

E se tudo der certo, também estarei presente

Com a minha gente, lá na frente, vendo o quanto a gente cresce

Quando faz e acontece, corre sem parar pra fazer prece

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O Lobisomem
Trem da Alegria
  

Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,ô, olha o lobisomem!
Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,ô, olha o lobisomem!(2x)

Naquela casa, mora um cara esquisito, que é de se estranhar, o pelo dele, vai crescendo, vai crescendo, em noites de luar.

Deu meia-noite, u,u
É sexta-feira, u,u
É lua cheia, u,u
E sai na rua pra assustar.(2x)

Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,ô, olha o lobisomem!
Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,ô, olha o lobisomem!

Durante o dia, ele cultiva muitas flores, só pra disfarçar, as suas unhas, já estão pra lá de grandes, e eu vou me mandar.

Deu meia-noite, u,u
É sexta-feira, u,u
É lua cheia, u,u
E sai na rua pra assustar.(2x)

Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,ô, olha o lobisomem!
Ô, ô, ô, ô, ô, ô, ô,ô, olha o lobisomem!(2x)

Até que um dia, eu descobri, que ele não era assim tão mal,

Ele gostava de brincar, como se fosse carnaval, então saia pelas noites, quando a gente ia dormir, e até hoje ninguém sabe, seu segredo descobrir.



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Saci Pererê

Saci-Pererê

O Saci-Pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

Canção da Meia Noite

Quando a meia-noite me encontrar, junto a você

Algo diferente vou sentir, vou precisar me esconder

Na sombra da lua cheia esse medo de ser

Um vampiro, um lobisomem, um saci-pererê

Um vampiro. um lobisomem, um saci-pererê) (bis)


Dona senhora, à meia-noite eu canto essa canção anormal

Dona senhora esta lua cheia, meu corpo treme o que será de mim

E faço força pra resistir a toda essa tentação

Na sombra da lua cheia, esse medo de ser

Um vampiro, um lobisomem, um saci-pererê

Um vampiro. um lobisomem, um saci-pererê)(bis)


Quando a meia-noite me encontrar, junto a você

Algo diferente vou sentir, vou precisar me esconder

Na sombra da lua cheia esse medo de ser

Um vampiro, um lobisomem, um saci-pererê

Um vampiro. um lobisomem, um saci-pererê

Um vampiro, um lobisomem, um saci-pererê

Um vampiro. um lobisomem, um saci-pererê





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Sacizando
Luiz Melodia

No interior da mata o saci
Esperando quando a noite chegar
Ele quer brincar com fogo e sorrir
Quer montar no seu cavalo e brincar...

O fogareiro tá queimando no céu
Então o gorro fita o olho pro céu
Tanta gente que passa na mata
Lhe leva um presente...

É que o saci quer se divertir
Ele pula numa perna só
Da estrada eu já ouço o assovio
E o coração fica na mão
Ser amigo é o que fica melhor
O muleque nunca vai te dar nó...

Vem daqui, vem de lá ventania
Pererê, sacizar...

O saci-pererê, pererê
O saci-pererê, sacizar
O saci-pererê, pererê
O saci-pererê quer brincar
O saci-pererê, pererê
O saci-pererê, sacizar
O saci-pererê, pererê
O saci-pererê atiçar...



*************************************




Vou prestigiar o time do Saci-Pererê Ê, ê, ê, ê, ê Vou prestigiar O neguinho deve ser da grande escola Pelé É, é, é, é, é Vou prestigiar O moleque Saci-Pererê com uma perna só Ó, ó, ó, ó, ó Vai ver que é melhor Do que muitos por aí com duas pernas-de-pau Ah, ah, ah, ah, ah Vai ver que é melhor Entra um time novo, troca o time inteiro, mudo tudo Tem jeito não Falta alguma coisa tipo liberdade, profissão de fé Devoção Vou buscar a fantasia no conto da carochinha Com a varinha De condão Moleque Saci Vou prestigiar Um gol Pererê Pra gente vibrar Moleque Saci Saci-Pererê Um gol de Pelé Que é pra gente ver


******************************* 






Saci Pererê
Sitio do Picapau Amarelo
  

Saci pererê
Saci pererê
Saci pererê
Sim, pah! bum!

Sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa saci
Sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa saci

Saci, saci pererê
Pula, brinca e joga
Que eu quero ver
Saci, saci pererê
Pula, brinca e joga
Que eu quero ver

Sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa saci
Sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa saci

Saci, saci pererê

Toda turma vai querer fazer uma aposta com você
E essa aposta você vai ter que ganhar
Não pode perder, não pode perder

Sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa saci
Saci!
Sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa sa saci
Saci!

Saci, saci pererê
Pula, brinca e joga
Que eu quero ver
Saci, saci pererê
Pula, brinca e joga
Que eu quero ver

Saci! pererê!
Saci!

Toda turma vai querer
Que você aposte
O seu cachimbo e seu chapéu mágico
Contra uma torta de giló, melancia e alho
Cuidado saci, cuidado com a tôca
Treine bem e não se compromete
Pois esta aposta
Consiste em que você ande

Pelo sítio de patinete
Pelo sítio de patinete
Pelo sítio de patinete

Cisca, pula saci agora
Saci, vai treinar saci
Fica no meio da estrada
Alta hora da madrugada
Assustando os outros, saci
Isso são horas? 3:30 da madrugada, saci
Isso são horas de pedir fogo, saci?
Vai treinar saci!
Vai treinar saci!






Pererê-Peralta (Saci) - Carlinhos Brown
Sitio do Picapau Amarelo
 
Me persegue pelo mato
Fazendo fumaça, fumando cachimbo
É o Pererê Peralta negro como a noite
Quase que despido,
Pula pula some e dança
Como uma criança
Segue seu destino
Se esconde na floresta
Nunca perde festa
Quer se divertir

A vermelha carapuça
Dá o tom na turma alegre do sítio
Dona Benta se vê louca
Com as travessuras do negro Saci
Dá risada e come fruta
Ele sempre busca vadiar assim
Sempre alegre inteligente
Ele é o bicho Gente, ele é o Saci

Pe pe peperê peperê peperê


*******************************


A Dança Do Saci Pererê
Angélica

Dança do Saci Pererê
Eu quero dançar com você
Pula pula pula
Numa perna só
Quem não cair no chão
É o maior
Dança do Saci Pererê
Quem não sabe pode aprender
Pula pula pula
Numa perna só
Pular juntinho é sempre melhor
Vem, que a gente não consegue parar
É como ficar solto no ar
É melhor que correr ou malhar
Vem, que a gente não tem hora pra terminar
Um pulo aqui um pulo pra lá
Pulando sem sair do lugar
Quero ver, quero ver
Quem é que conseguiu aprender
Quero ver, quero ver
A dança do Saci Pererê


*****************************************


A MULA-SEM-CABEÇA


Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelo pescoço.

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A Mula Sem Cabeça


Lenine





Saiu de madrugada


Os cascos na calçada


Quem tava adormecida, escutou


A noite enluarada


Cruzou em disparada


O lago onde a sereia se banhou


Correu a noite inteira


Ergueu tanta poeira


Perdeu-se nos caminhos de sertão
Ouviu atrás do morro


Latidos de cachorro


E o grito de um jaguar na escuridão


O céu, as estrelas


Ouviam meu fado


Passei num roçado


Cheguei num capim


Maria fumaça


Com olhos de fogo


Passou a dois metros, gritando pra mim


Subi no véu da cachoeira


Bebi a chuva que caiu


Tirei fagulhas nos lajedos


Cruzei parede que se abriu


Montanhas escondidas










Veredas tão compridas


E a boca do abismo a esperar


Tropel na encruzilhada


Canção mal assombrada


Corujas com seus olhos de luar


O céu, as estrelas


Ouviam meu fado


Passei num roçado


Cheguei num capim


Maria fumaça


Com olhos de fogo


Passou a dois metros, gritando pra mim.


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Mula Sem Cabeça


Detonator





Ela era uma moça bonita demais


Gatinha


Se ela me desse mole eu pegava


Mas ela tava afim de outro rapaz


Que merda


Preste muita atenção que daqui a pouco eu volto


Se liga no solo






Ele tinha um sotaque esquisito demais


Meio italiano


Vivia na igreja e tinha um saco de hóstias


Ela disse "Eu te amo"


Ele disse "Sua mula, eu sou padre"


Ela disse "Que se dane" e deu-lhe uma "patolada"


E o padre então falou: "Demorou!"






Yeah!






Toda noite de lua cheia de quinta pra sexta


A moça bonita se transforma em uma besta


Essa é a maldição da mula sem cabeça


Mula sem cabeça


Mula sem cabeça não se esqueça






Fale com sua prima


Fale com sua irmã


Quem namora padre é mula sem cabeça






Lá vai ela cavalgando sem rumo e sem cabeça


Pegando fogo, assuntando os outros, ai que meda!


Mula sem cabeça


Mula sem cabeça


Mula sem cabeça, não se esqueça






Fale com sua mãe


Fale com sua avó


Quem dá pro padre é mula sem cabeça






Essa maldição é tipo assim


Doido ou coitado, ela não tem fim


Então se você acha gato o padre Fábio de Melo


Se coçar a "periquita", saia correndo, saia de perto






Não seja você também uma mula sem cabeça


Mula sem cabeça


Mula sem cabeça, não se esqueça






Fale com sua mãe


Fale com sua avó


Quem dá pro padre é mula sem cabeça


Aaaaaaaaahh, que medo!
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Mula-sem-cabeça
Tatiana Rocha


Eu vi a mula sem cabeça passar
Eu vi a mula sem cabeça passar
É meia noite o sol já se deitou
E lá no meio do campo se avistou
Um fogaréu correndo de lado a lado
Era a mula-sem-cabeça que tinha acordado
Fiquei com medo minha perna até tremeu
Saí correndo e o cansaço me venceu
Caí no chão e vi passando ao lado
Era a mula-sem-cabeça que tinha acordado


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Da Lenda da Mula Sem Cabeça


Cícero Billy Alves





E as pedras foram tantas


Que o povo atirou em madalena


Tão moça e bela


O povo matou!






Tem uma cruz de madeira


Duas achas de aroeira


Bem na beira do caminho


E, ao lado, uma tapera


Que um dia fora capela


Mas de amor também ninho






"Madalena!"


Brada um velho padre louco


"Quem traçou nosso destino?"


"Madalena!"


Um eco louco enlutado


Na capela do divino






Tem missa pra madalena


Mas em vão apela o sino






E todo mundo sossegou


Depois que moça morreu


Porque a assombração


A besta desapareceu


E o povo diz que era madalena


Era madalena!










O CURUPIRA 




Curupira


Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.

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( Lendas Brasileiras )


O CURUPIRA


Max Viana


Dizem que mora na floresta
Um ser um tanto assustador

Uns dizem que ele é mal
E outros dizem que ele é o protetor

Aparecia estranha, cabeleira ruiva E anão

Calcanhar pra frente,
As pegadas ao contrário pelo chão

Faz trato com quem lhe dá fumo ou pinga
Um grito perfeito só para atrair caçadores
E é melhor você não ir se não

Curupura vai te pegar
Se você não respeitar, a floresta













Curupira
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Detonator





Curupira


Os mano pira, as mina pira, todo mundo pira


Todo mundo pira com o curupira


Os mano pira, as mina pira com o curupira






O meu avô, a minha avó, o meu papai, o Deus Metal


Falo que ele é legal


Os mano pira, as mina pira, todo mundo pira


Todo mundo pira com o curupira






Cabelinho de fogo


Pezinhos virados pra trás


Cuidado com esse garoto


Pior que o satanás






Curupira


Se você for pro mato


Fazer parada errada


Cuidado com o cu


Curupira


Se for para a floresta


Fazer o que não presta


Cuidado com o cu


Curupira






O Deus Metal protege o curupira






Os mano pira, as mina pira, todo mundo pira


Todo mundo pira com o curupira


Os mano pira, as mina pira com o curupira


Os mano pira, as mina pira, todo mundo pira


Todo mundo pira com o curupira


O meu vô, a minha avó, o meu papai, o Deus Metal


Falou que ele é legal






Cabelinho de fogo


Pezinhos virados pra trás


Cuidado com esse garoto


Pior que o satanás






Curupira


Se você for pro mato


Fazer parada errada


Cuidado com o cu


Curupira


Se for para a floresta


Fazer o que não presta


Cuidado com o cu


Curupira


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Curupira


Boi Garantido








Meus olhos e cabelos encandeiam fogo fátuo


Meus pés invertidos levam a labirintos






Sou cria de bicho folharal e mãe do mato


Sou curupira, sou ilusionista


Sou curumim gerado em bicho






Sou a entidade protetora da floresta


Sou a metamorfose de lendas e quimeras


Sou cobra grande, anhangá


Sou boto e mapinguari


Macunaíma, poronominare


Juma e jurupari


Sou curupira!






Quando os bichos procriam, quando as árvores florescem


Montado num dorso de um tocorimé


Eu venho com todas as feras da selva


Ao som da cantoria da yara mãe d'água






Eu venho caçar caçadores


Eu venho punir predadores


Sou aquele que apavora


O devaneio do invasor


Sou o medo, a hipnose, o pesadelo, o terror dos perdidos






Curupira


Curupira


Guardião da vida










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Curupira


Waldemar Henrique









Já andei três dias e três noites pelo mato
Sem parar
E no meu caminho não encontrei nenhuma
Caça pra matar
Só escuto pela frente pelo lado o Curupira
Me chamar
Ora aqui, ora ali, se escondendo sem
Parar num só lugar
Por esse danado muitas vezes me perdi
Na caminhada
E nem padre nosso me livrou desse
Danado da estrada
Curupira feiticeiro
Sai de trás do castanheiro
Pula pra frente
Defronta com a gente
Negrinho covarde matreiro
Deixa o caboclo passar










*** ****************************************************






Curupira

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Cagério de Souza








Curupira


Menino peludo


Pelado na mata


Tem os pés pra trás


Quando a gente pensa que ele vem


Com o cabelo de fogo,


Agora é que ele vai






Curupira, curupira


Protege a floresta


As águas, as matas


E os animais


Curupira, curupira


Pézinho pra trás


Não sei de onde vens


Nem pra onde tu vais






Curupira


Com seus dentes verdes


Grita, assovia


Só pra enganar






Curupira


Quem sai pra caçar


Quem destrói as florestas


Não deixa ficar






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Curupira – Luiz Salgado

O curupira
Parece até mentira
É um menino que tem
Os pés virados pra trás
Protetor da fauna e da flora
Curupira se transforma
Em vários animais
Ele é muito veloz
É rapidinho
Montado em seu porco espinho
Defende toda a floresta
Caçadores, lenhadores
De medo, sentem um arrepio
Quando ouvem o assovio
Que o curupira solta
Saem correndo, ninguém volta
Mas que beleza
A natureza é salva pelo curupira






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Boitatá

Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

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Boitatá


Alceu Valença


No breu da noite
Eu vi o boitatá
Que só tinha um olho
E outro pegando fogo
E o olhar daquele estouro
Era um farol pra clarear

No breu da noite
Eu vi o boitatá
Que protege fauna e flora
Seu olhar é uma bola
Menino, velha e senhora
cuidado com o Boitatá

O boitatá tem dias que esquece
Fica louco lá do oeste
E começa a incendiar
Os campos verdes
Que ele mesmo protege
Não deixe que ele lhe pegue
Fique parado, onde está






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Imagem relacionada

Boitatá
Arlindo Jr.



um brilho no rio


em noite escura é fogo fátuo


gênio protetor dos campos e das águas


cobra grande, boiaçú


boiúna, boiúna, sucurijú


a fera que surge do nada






corre no corpo o arrepio


o sangue nas veias fica frio


o fogo que a água não apaga






um facho de luz ilumina a escuridão


seus olhos de fogo incandeiam


tapando furos, singrando rios


a dona da noite à boca da noite


a dona da noite vai chegar






boitatá, boitatá


fogo no ar, fogo no ar


cobra de fogo, boiaçú


boiúna flutua






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Boitatá


Boi Caprichoso






Um brilho no rio


Em noite escura


É fogo fátuo






Gênio protetor dos campos


E das águas


Cobra grande


Boiaçú


Boiúna, boiúna


Sucurijú


A fera que surge do nada






Corre no corpo o arrepio


O sangue nas veias fica frio


Um fogo que água não apaga






Um facho de luz ilumina a escuridão


Seus olhos de fogo incandeiam






Tapando os furos


Singrando os rios






A dona da noite


A boca da noite


A dona da noite


Vai chegar






Boitatá, boitatá


Fogo no ar, fogo no ar


Cobra de fogo


Boiaçú


Boiúna flutua






Boitatá, boitatá


Fogo no ar, fogo no ar


Cobra de fogo


Boiaçú


Boiúna flutua


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Boitatá


Detonator





Boitatá


Vingador da floresta


Olha lá


Vai começar a festa






Cobra flamejante de seis metros


Pega quem desmata a mata


Taca fogo e arranca o olho






Não importa onde ocê tá


No Acre ou no Paraná


O boitatá vai te pegar






Eu pedi


Para o Deus Metal


Um boitatá


De presente de natal






Pra pegar todos os cabras


Pervertidos safadões


Que odeiam o Heavy Metal






Vem comigo, meu amigo


Metaleiros, vamos lá


Vem lutar com o boitatá!






Boitatá, boitatá!


Quem queimar vai queimar!


Boitatá, boitatá!


Quem queimar vai queimar!






Ei! Você aí


Safado lanfranhudo


Que gosta de queimar


A rosca, o filme dos outros


As matas


Ou maconha






Cuidado! Muito cuidado


Senão o meu amigo


O boitatá


Vai te pegar


Vai arrancar teus olhos


Depois vai te queimar!






Cobra flamejante de seis metros


Pega quem desmata a mata


Taca fogo e arranca o olho






Vem comigo, meu amigo


Metaleiros, vamos lá


Vem lutar com o boitatá!






Boitatá, boitatá!


Quem queimar vai queimar!


Boitatá, boitatá!


Quem queimar vai queimar!






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Boitatá


Molodoys





Boitatá, Boitatá, Boitatá, Boitatá


Boitatá, Boitatá, Boitatá, Boitatá


Boitatá, Boitatá, Boitatá, Boitatá






Lá se vai a Boitatá


Ela só quer achar


Sua amada que há muito se foi


Ela procura e chama à beça


Por sua linda floresta


Mas está sumiu em meio ao aço em nome da pedra


A Boitatá vai procurando sem achar






Por isso há chama em seu olhar


Por isso há chama em seu olhar


Por isso ela chama em seu olhar


Por isso ela chama em seu olhar


Por isso a chama em seu olhar


Por isso a chama em seu olhar


Por isso há chamas em seu olhar


Por isso há chamas em seu olhar


Por isso ela chama até sua chama se apagar






(Boitatá, Boitatá, Boitatá)





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LENDA DO BOITATÁ
Turma do Folclore 

Ah ah ah oh Ah ah ah oh Ah ah ah oh Ah ah ah oh O Lagarto falou pro Sapo Vem barulho de lá E o grilo avistou Algo a se rastejar Fogo que corre na mata O Boitatá Cobra que protege a floresta O Boitatá Ah ah ah oh Ah ah ah oh Ah ah ah oh Ah ah ah oh O Tatu cochichou Para o lobo guará Que lá na beira do lago Ela mora. Fogo que corre na mata O Boitatá Cobra que protege a floresta O Boitatá Ah ah ah oh Ah ah ah oh Ah ah ah oh Ah ah ah oh O Lagarto falou pro Sapo Vem barulho de lá E o grilo avistou Algo a se rastejar Fogo que corre na mata O Boitatá Cobra que protege a floresta O Boitatá Fogo que corre na mata O Boitatá Cobra que protege a floresta O Boitatá






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Grupo Pererê

Boitatá, A Cobra De Fogo






Numa noite sem fim
choveu sem parar
e a grande boiguaçu
do dilúvio escapou

Nesta noite sem fim
quando a chuva passou
a faminta boiguaçu
muitos olhos devorou

Olha lá quem vem lá
boitatá, boitatá
olha lá quem vem lá
boitatá vai te pegar(bis)

Tanta luz que comeu
tantos olhos a brilhar
boiguaçu se iluminou
já não é mais comum
transformou-se em bitatá

E a brilhante boitatá
não parava de comer
comeu tanto brilho e luz
que chegou a rebentar

E o céu se transformou
e o dia clareou
boitatá renasceu
para os homens assustar

Olha lá quem vem lá
boitatá, boitatá
olha lá quem vem lá
boitatá vai te pegar(bis)

Se você encontrar
essa cobra de luz
pare de respirar
feche os olhos
(se não ela vai te pegar)
e a deixe passar

Olha lá quem vem lá
boitatá, boitatá
olha lá quem vem lá
boitatá vai te pegar(bis)


*************************************************** 


Boto


Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

Imagem relacionada
O Bôto


Tom Jobim






Na praia de dentro tem areia


Na praia de fora tem o mar


Um bôto casado com sereia


Navega num rio pelo mar






O corpo de um bicho deu na praia


E a alma perdida quer voltar


Caranguejo conversa com arraia


Marcando a viagem pelo ar






Ainda ontem vim de lá do Pilar


Ainda ontem vim de lá do Pilar


Já tô com vontade de ir por aí






Ontem vim de lá do Pilar


Ontem vim de lá do Pilar


Com vontade de ir por aí






Na ilha deserta o sol desmaia


Do alto do morro vê-se o mar


Papagaio discute com jandaia


Se o homem foi feito pra voar






Cristina, Cristina


Cristina, Cristina


Desperta, desperta


Desperta, desperta


Vem cá






Inhambu cantou lá na floresta


E o velho jereba fêz-se ao ar


Sapo querendo entrar na festa


Viola pesada pra voar






Ainda ontem etc...


Ontem vim etc...






Camiranga urubu mestre do vento


Urubu caçador mestre do ar


Urutau cantando num lamento


Pra lua redonda navegar






Ainda ontem etc...


Ontem vim etc...






ah - ah






Na enseada negra vista em sonho


Dorme um veleiro sobre o mar


No espelho das aguas refletido


Navega um veleiro pelo ar






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Lendas Brasileiras ( imagem )
Toni Garrido
Fantasia De Água Cristalina






Qualquer menina bonita
Algum sorriso prejeiro
Ou mesmo um leve gingado
Um toque, um cheiro...

Pode ser de menina levada
Até de menina tranquila
Até de menina engraçada
Ou aquela que for a mais linda!

Eu não resisto, é muito encanto
E toda essa luz e a natureza pra mim!
Preciso de uma noiva
Que me faça companhia
E é por amor, não covardia...

Qualquer menina bonita
Algum sorriso prejeiro
Ou mesmo um leve gingado
Um toque, um cheiro...

Pode ser de menina levada
Até de menina tranquila
Até de menina engraçada
Ou aquela que for a mais linda!

Eu não resisto, é muito encanto
E toda essa luz e a natureza pra mim!

Eu não resisto, é muito encanto
E toda essa luz e a natureza pra mim!
Preciso de uma noiva
Que me faça companhia
Pode ser qualquer moça
Tem que ser a mais linda...

Pais e mães procuram saber
Dos seus filhos
Casados como devem ser
Com filhos...

Em toda a minha vida
O que quero é ser feliz
Na minha fantasia de água cristalina
Da menina que me olha
Da menina que me quer
Nada mais me importa...


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Imagem relacionada

Boto Namorador
Dona Onete





Onde é que boto mora?


Mora nos rios, mora no mar


Onde é que boto mora?


Mora nos rios, mora no mar






Boto faz o seu bailado


Nas águas de preamar


Boto faz o seu bailado


Nas águas de preamar






Na hora da maresia


Boto faz fuá, fuá


Na hora da maresia


Boto faz fuá, fuá






Contam que um moço bonito


Saltava pra namorar


Contam que um moço bonito


Saltava para dançar






Todo vestido de branco


Pra dançar com a cabocla Sinhá


Todo vestido de branco


Pra dançar com a cabocla Iaiá


Todo vestido de branco


Pra dançar com a cabocla Mariá






Foi lenda bonita que alguém me contou


Do boto pintado namorador


Foi lenda bonita que alguém me contou


Do boto pintado namorador






Que saltava pra namorar


Das águas do Maiuatá


Saltava para dançar


Das águas do Maiuatá


Que saltava pra namorar


Das águas do Maiuatá






Pescador, pescador


Joga a rede


Para borquear


Pescador, pescador


Joga a rede


Para borquear






Nas águas do Anapu


Nás águas do Pindobal


Tem um boto dentro da rede


Fazendo fuá, fuá


Tem boto cercando a gente


Fazendo fuá fuá






Mas é boto namorador


Das águas do Maiuatá


Mas é boto namorador


Das águas do Maiuatá


Boto namorador


Das águas do Maiuatá


Mas é boto namorador


Das águas do Maiuatá






Onde é que boto mora?


Mora nos rios, mora no mar


Onde é que boto mora?


Mora nos rios, mora no mar






Boto faz o seu bailado


Nas águas de preamar


Boto faz o seu bailado


Nas águas de preamar






Na hora da maresia


Boto faz fuá, fuá


Na hora da maresia


Boto faz fuá, fuá


Na hora da maresia


Boto faz fuá, fuá


Na hora da maresia


Boto faz fuá, fuá






Mas é boto namorador


Das águas do Maiuatá


Mas é boto namorador


Das águas do Maiuatá


Boto namorador


Das águas do Maiuatá


Mas é boto namorador


Das águas do Maiuatá






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Boto


Detonator e As Musas do Metal






Moça bonita se liga no que eu vou falar
De noite, na noite, na festa, no show ou no bar
Se aparecer um cara
Um cara de terno branco cantando
Esse cara sou eu

Não é o Roberto Carlos
Ele nunca sai de casa
É o Boto e você se meteu
Nas garras do

Boto, Boto, Boto
Golfinho "transudo"
Boto, Boto, Boto
Quer engravidar todo mundo

O Boto
É um golfinho
Assanhado
Que é safadão

De noite
Se transforma
Em humano
Fica bonitão

Se aparecer um cara
Um cara de terno branco
Dançando latino e sensual

Ele não é o Latino
Ele é feio pra diabo
É o boto e você se deu mal
Nas garras do

Boto, Boto, Boto
Vem fazer neném
Boto, Boto, Boto
Cuidado, cuidado meu bem

[Solo]

Papai, namorado ou marido
Prestem atenção
Se sua menininha
Querida do coração

Aparecer de repente
Grávida de 9 meses
Faça o que eu vou falar

Foi o Boto meu amigo
Fale com a vizinhança
Todos vão acreditar

Boto, Boto, Boto
Golfinho? transudo?
Boto, Boto, Boto
Quer engravidar todo mundo

Esse cara sou eu


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O Boto
Banda Nova






Diz a lenda da minha terra
Boto rosa que se encantou
Pra buscar mulher bonita
que por ele se apaixonou

Quando era noite de lua cheia,
ele saiu a passear
pra encontrar com a cabocla
mais bonita do lugar
encontrar com a cabocla,
a mais bonita do lugar

Diz a lenda da minha terra
Boto rosa que se encantou
Pra buscar mulher bonita
que por ele se apaixonou

Quando era noite de lua cheia,
ele saiu a passear
pra encontrar com a cabocla
mais bonita do lugar
encontrar com a cabocla,
a mais bonita do lugar

Ele levou ela pra beira do mar
Dizem que até fez amor à luz do luar
Ele levou ela pra beira do mar
Dizem que até fez amor à luz do luar

Diz a lenda da minha terra
Boto rosa que se encantou
Pra buscar mulher bonita
que por ele se apaixonou

Quando era noite de lua cheia,
ele saiu a passear
pra encontrar com a cabocla
mais bonita do lugar
encontrar com a cabocla,
a mais bonita do lugar

Ele levou ela pra beira do mar
Dizem que até fez amor à luz do luar
Ele levou ela pra beira do mar
Dizem que até fez amor à luz do luar
Ele levou ela pra beira do mar
Dizem que até fez amor à luz do luar
Ele levou ela pra beira do mar
Dizem que até fez amor à luz do luar


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Imagem relacionada


O Boto Rosa


Xuxa


Álbum: O Boto Rosa


Ele vive na Amazônia Nas águas do Rio Negro Boto rosa, quem não sonha Descobrir o teu segredo Dizem que ele todo prosa Já foi moço de chapéu Já foi moça bem formosa Escondida atrás do véu Eo eo boto rosa Eo eo é uma lenda de amor Eo eo boto rosa Eo eo Deixa ele viver pescador O mais velho dos golfinhos Faz sorrir quem ele quer Nas águas do seu caminho Na magia do seu balé Mas o homem sem piedade Na covardia da matança Fez o boto morrer, que maldade Inocente feito uma criança Eo eo boto rosa Eo eo é uma lenda de amor Eo eo boto rosa Eo eo deixa ele viver pescador.






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Olho de Boto


Nilson Chaves




E tu ficaste serena
Nas entrelinhas dos sonhos
Nos escaninhos do riso
Olhando pra nós escondida
Com os teus olhos de rio

Viestes feito um gaiola
Engravidado de redes
Aportando nos trapiches
Do dia a dia e memória
Com os teus sonhos de rio

E ficaste defendida
Com todas as suas letras
Entre cartas e surpresas
Recírio, chuva e tristeza

Vês o pesa da tua falta
Nas velas e barcos parados
Encalhados na saudade
De Val-de-cans ao Guamá

Porto de sal das lembranças
Das velhas palhas trançadas
Na rede de um outro riso
Às margens de outra cidade
Ah, os teus sonhos de rio!

Olho de boto
No fundo dos olhos


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Mãe d'água
Bangalafumenga
 
Mãe d'água rainha
Me dá licença deu sambar pela beirinha
Mãe d'água sereia
Eu vou me embora
Velho banga não bambeia

****************************************


Mãe D'água
Ale de Maria

Ahá aho aho
Aho aho
Aho aho
Ô mãe que nana eu
Rainha das águas do mar
Ô mãe me leva agora, minha nossa senhora
Mamãe iemanjá
Divina mãe de Deus
Mistério sagrado odoyá
Ô mãe me leva agora, minha nossa senhora
Vem me iluminar

Vamos cantando e rezando
Vamos cantando e rogando
Pela cura do mundo
Vamos cantar o amor
Compartilhar essa flor
A flor que mamãe nos deu
Pelo poder do decreto
Na força do nosso rezo
Pela cura do mundo
Vamos cantar o amor
Compartilhar essa flor
A flor que mamãe nos deu

A lealdade de Deus sou eu
A lealdade de Deus eu sou
A lealdade de Deus sou eu
Sou esse amor
Pra sempre
********************************************************************


Iara Mãe D'água
Sitio do Picapau Amarelo
 
Mãe-d'água, mãe-d'água
Sereia da água doce
Encanto de todas as florestas
Formosa, formosa
Perigo aos ouvidos
Dos homens que te ouvem
Rainha da mata verde
Parenta de lemanjá
Rainha de todo azul

Quem fere teu sentimento
Mais tarde há de apagar
Se apaixona por teu canto
Que se espalha pelo ar
Preparando o caminho
Do prazer de te abraçar
Iara, sereia, mãe-d'água
Enfeitiça a quem te amar
Iara, iara
Leva o corpo desse homem
Que ninguém há de encontrar


********************************************************************** 

 Mãe D'água
Racaui
 
Mora no fundo do mar
Mora no fundo do mar
Ela é mãe d'água yemanja

E ela dança
E ela canta
E ela encanta
O seu pescador

E marinheiro a laie laie
A estrela veio anunciar
Que todo o mistério do mar
Vive no colo yemanja.

E ela canta
E ela dança
E ela encanta o seu pescador
************************************************************************



Corpo Seco
The Snobs
 
No portão do cemintério de Paraibuna está escrito.
"Nós que aqui estamos, por vós esperamos."
Os mortos que lá estão, lá permanecem no seu descanso eterno.
A não ser se depois de sete anos, a terra não queira mais o seu corpo.
Isso não é um mito, nem uma lenda.
Esse é o imortal que vive vagando pelas matas morros e brotões de nossa cidade.
E é chamado de corpo seco.
Não estamos ressuscitando um ser que nunca morreu.
Estamos iluminando o ser que sempre esteve vivo.

Nós que aqui estamos
E por vós esperamos
Abram-se os portões
Pra que eu possa entrar
Do corredor das sombras
Também vou participar
E entrando nessa festa
Posso ir pra qualquer lugar

Hey!
Tem um magrelo
Zanzando pelo matagal
Um imortal
Cuspido pela terra
Que nem Deus nem o diado
Querem aceita-lo
Com seu chicote e seu chapéu
Odiando inferno e o céu

Que sempre tem seu nome
Tu és o desejo do cachorro
Que subirás o morro
Pra se esquentar ao sol[2X]

Tu não és Tarzan
Mas tu és o rei da mata [2X]

Tem um magrelo
Zanzando pelo matagal
Um imortal
Cuspido pela terra
Que nem Deus nem o diado
Querem aceita-lo
Com seu chicote e seu chapéu
Odiando inferno e o céu

Que sempre tem seu nome
Tu és o desejo do cachorro
Que subirás o morro
Pra se esquentar ao sol[2X]

Tu não és Tarzan
Mas tu és o rei da mata [2X]

(Licença rei da mata) [3X]


Nós que aqui passamos, de vós escapamos

******************************



Corpo Seco
Escurinho
 
Esse corpo seco
Esses olhos secos
Essa boca seca
Esse copo seco
É minha vontade
De beber o mundo
Se esse chão é seco
A cidade é seca
E essas almas secas
Que perambulam nela sem rumo
É o meu desejo
De andar nos becos
Eu não tenho medo
Desses olhares que me espreitam
Olhares são adagas
Fincadas no espelho
E o espelho são os olhos revoltados
Dos meninos da rua da consolação
Não me consola
O que vejo na Tv
E o que tu ver
E o que ti ver
E o que tu ver
E o que ti ver
É o meu desejo
De andar nos becos
Eu não tenho medo
Desses olhares que me espreitam
Olhares são adagas
Fincadas no espelho
E o espelho são os olhos revoltados
Dos meninos da rua da consolação
Não me consola o que vejo na tv
E o que tu ver
E o que ti ver
E o que tu ver
E o que ti ver
É minha vontade
De beber o mundo
"O terreiro lá de casa
Não se varre com vassouras
Varre com pontas de faca
E balas de metralhadora."

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 Ditodos
João Bosco
 
Quem planta fogo
Colhe pé de queimadura
Põe na boca a fruta dura
Professora do falar

Palavra é feito
Uma moeda condenada
Pra cunhar se gasta tudo
Pra vender não vale nada

Quem vem de lá ?
É uma voz, deixa entrar
Quem te mandou ?
Isso eu não posso te contar
Que quer aqui ?
Eu vim me oferecer
Que que cê faz ?
Eu sei me presentear
Que que ce dá?

Pisadeira
Cobra-encantada
Folha de gravatá
Mãe da lua
Olha pra água
É o calango do mar
Porco-preto
Rastro de vento
Lâmpada de apagar
Mãe da lua
Olha pra água
É o calango do mar

A vida é longe
Não conheço outro atalho
Tem trabalho prazeroso
Tem prazer que dá trabalho

Avisa lá
Pode dizer que eu tô trocando
Vinte pássaros na mão
Por um só pássaro voando

Quem vem de lá?...

Pé de caixeiro é bola de cristal
Carta marcada de tanto andar
Esse jogo quem viver, verá

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Maria Eugênia
Pisadeira


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Resultado de imagem para No reino da mãe de ouro Jamelão

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No reino da mãe de ouro
Jamelão

Caminhando pela mata virgem
bravo bandeirante encontrou
grupo de nativos comentavam
o que o trovão proporcionou

No céu sem as estrelas
Mas um raio de luz
se dirigia
a gruta de uma alma encantada
era a mãe de ouro que surgia

Ôba-bá, Ôla, Ôba-bá
E a mãe do ouro
que vem me salvar

num palácio
num palácio encantado
onde um tesouro existia
pedras preciosas bem guardadas
que a mãe do ouro presidia

Homens e mulheres dominados
por imaginações e alegria
salões enfeitados e multicolores
dançavam até o romper do dia

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Capelobo

Personagem folclórico típico da região Norte do Brasil (principalmente Maranhão e Pará). O capelobo é uma espécie de monstro com corpo de homem musculoso e peludo e cabeça de tamanduá-bandeira. Feroz, ataca caçadores nas florestas e se alimenta de carne de gatos e cachorros.


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Saudade Brejeira

Que saudade do meu alazão
Do berrante imitando o trovão
Da boiada debaixo do sol
Nos caminhos gerais do sertão

Das estrelas a noite de luar
Capelobo na mata azul
Do arroz,com pequi do ingá
Dos amigos de fé da minha terra

Minha terra de Ribeirão das caldas
De olho d´gua magia e procissão
De congada do meu chapeu de palha
Desse amor natural do coração

Quando mãe traz noticias de lá
A vontade é de voltar pra ficar
Me abençoa o céu de acuã
De ripina e pinhé num pé de serra

Minha serra de ouro e dor dourada
Quanta tristeza nas tardes do sertão
Que a noite transforma em serenata
Cantoria que afasta solidão

O meu peito goiano é assim
De saudade brejeira sem fim
Quando gosto,ele diz "que trem bão!"
Quando canta a vida é paixão

De toda a paisagem

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Comadre Florzinha (ou Comadre Fulozinha)

É uma mulher cabocla, representada em algumas versões da lenda como uma espécie de fada pequena, que vive nas florestas do Brasil (principalmente na Zona da Mata nordestina). Vaidosa e maliciosa, possui cabelos compridos e enfeitados com flores coloridas. Vive para proteger a fauna e a flora. Junto com suas irmãs, vivem aplicando sustos e travessuras nos caçadores e pessoas que tentam desmatar a floresta.


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Minha Fulô
Comadre Fulozinha

Minha fulô
Ai que saudade
Ai, ai que dor
Ai, ai, ai, minha fulô

As fulô do meu sertão
São bonita e são cheirosa
O pau d' arco e o pau perêro
Faz inveja a qualquer rosa
Canafista e muçambê
Eu nem sei qual mais formosa

É por isso
Que as abeia
Mandaçáia e jandaíra
Sanharó e uruçú
Faz um mel que admira
Vendo as abêia
Bebê mel beijando as frô
Só rescordo o favo doce
Dos beijos do meu amor


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Cobra Norato

Cobra Norato é um homem, que se transforma em uma cobra grande durante o dia. Era filho de uma índia com um boto. Tinha uma irmã gêmea, que também era uma cobra. Ambos viviam nos rios da região, local em que foram jogados após o nascimento. Cobra Norato era muito bom e gentil, enquanto a irmã era malvada e cruel. Na lenda, Cobra Norato mata a irmã e o encanto é desfeito com a ajuda de um amigo. Essa lenda une outras duas, também de origem indígena, da região amazônica: lenda do boto-cor-de-rosa e a lenda da Cobra Grande.


Imagem relacionada

Triste de Cobra Norato
Quinteto Violado
 
Aqui começo cantando
Com o que o mar que corre
Buscando no mar da lenda
Novas razões de cantar

Vida de cobra norato
Cuja verdade decorre
De ser não sendo, indo
Permanecer existindo

O rio enchia e vazava
Pororoca baixa mar
Cobra norato não sabia
Outro pensar
De ser não sendo, indo
Permanecer existindo

E desde então dessa hora
Todo o filho que nascia
De amor que ninguém sabia
Era filho de honorato

Mentirosamente verdade

Nesse estranho gesto humano
Vem consentir-se no engano

O rio enchia e vazava
Pororoca vai chamar
Cobra norato não sabia
Outro pensar
Queria corpo de moça
E nele naufragar

Por que me tiraste moço
Minhas argolas de amor
Com tua lança certeira
Em meu colar de pudor

E vou dizer a meu pai
A minha mãe que direi
Se aquilo que hora renego
É o mesmo que lhe darei

O rio enchia e vazava
Pororoca vai chamar
Cobra norato não sabia
Outro pensar
O amor é rosto sem face
Que não esta onde esta

Ferido norato esta
Das coisas mais que bebeu
Sob águas e ares poluídos
Um pesadelo ocorreu

E chora as águas e ares
Que ainda tentou salvar
Os rios morrendo de sede
E amor morrendo sem ar

O rio enchia e vazava
Pororoca vai chamar
Cobra norato não sabia
Outro pensar
Os rios morrendo de sede
E amor morrendo sem ar

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Capoeira

Capoeira

Meia Lua Inteira
Meia Lua Inteira
sopapo Na cara do fraco
Estrangeiro gozador
Cocar de coqueiro baixo
Quando engano se enganou...
São dim, dão, dão São Bento
Grande homem de movimento
Martelo do tribunal
Sumiu na mata adentro
Foi pego sem documento
No terreiro regional...
Uera rá rá rá Uera rá rá rá
Terça-Feira Capoeira rá rá rá
Tô no pé de onde der Rá rá rá rá
Verdadeiro rá rá rá
Derradeiro rá rá rá
Não me impede de cantar Rá rá rá rá
 Tô no pé de onde der Rá rá rá rá...
Bimba birimba a mim que diga
Taco de arame, cabaça, barriga
São dim, dão, dão São Bento
Grande homem de movimento
Nunca foi um marginal
Sumiu na praça a tempo
Caminhando contra o vento
Sobre a prata capital...
Uera rá rá rá
Uera rá rá rá
Terça-Feira Capoeira rá rá rá
Tô no pé de onde der Rá rá rá rá
Derradeiro rá rá rá
Verdadeiro rá rá rá
Não me impede de cantar  Rá rá rá rá
Tô no pé de onde der Rá rá rá rá...
Uera rá rá rá Uera rá rá rá
Terça-Feira Capoeira  rá rá rá
Tô no pé de onde der Rá rá rá rá
Verdadeiro rá rá rá
Derradeiro rá rá rá
Não me impede de cantar Rá rá rá rá
 Tô no pé de onde der Rá rá rá rá...

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Berimbau
Vinicius de Moraes

Quem é homem de bem não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
Assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
Mas se um dia ele cai, cai bem
Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza camará

Se não tivesse o amor
Se não tivesse essa dor
E se não tivesse o sofrer
E se não tivesse o chorar
Melhor era tudo se acabar

Eu amei, amei demais
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais, mais do que eu

Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza camará

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Capoeira Mata Um
Jackson do Pandeiro
 
Zum zum zum, zum zum zum
Capoeira mata um
Zum zum zum, zum zum zum
Capoeira mata um

Samba que balança é bom
Samba que balança não cai
O meu samba tem que ser no tom
A pedido do meu pai (BIS)

Salve a Bahia iô iô
Salve a Bahia iá iá
Quem não sabe jogar capoeira
Berimbau vai lhe ensinar

Valha-me Deus o Senhor São Bento
Buraco velho tem cobra dentro
Valha-me Deus o Senhor São Bento
Buraco velho tem cobra dentro

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Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
Estás e estou do nosso antigo estado
Pobre te vejo a ti, tu a mim empenhado
Rico te vejo eu, já tu a mim abundante
Triste Bahia, oh, quão dessemelhante
A ti tocou-te a máquina mercante
Quem tua larga barra tem entrado
A mim vem me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante
Triste, oh, quão dessemelhante, triste
Pastinha já foi à África
Pastinha já foi à África
Pra mostrar capoeira do Brasil
Eu já vivo tão cansado
De viver aqui na Terra
Minha mãe, eu vou pra lua
Eu mais a minha mulher
Vamos fazer um ranchinho
Tudo feito de sapê, minha mãe eu vou pra lua
E seja o que Deus quiser
Triste, oh, quão dessemelhante
Ê, ô, galo canta
O galo cantou, camará
Ê, cocorocô, ê cocorocô, camará
Ê, vamo-nos embora, ê vamo-nos embora camará
Ê, pelo mundo afora, ê pelo mundo afora camará
Ê, triste Bahia, ê, triste Bahia, camará
Bandeira branca enfiada em pau forte
Afoxé leî, leî, leô
Bandeira branca, bandeira branca enfiada em pau forte
O vapor da cachoeira não navega mais no mar
Triste Recôncavo, oh, quão dessemelhante
Maria pé no mato é hora
Arriba a saia e vamo-nos embora
Pé dentro, pé fora, quem tiver pé pequeno vai embora
Oh, virgem mãe puríssima
Bandeira branca enfiada em pau forte
Trago no peito a estrela do norte
Bandeira branca enfiada em pau forte
Bandeira


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Discípulo de Mestre Bimba
Natiruts
 
A capoeira que nasceu lá na Bahia
Agradece ao pé da cruz a roda de todo dia
Há muito tempo na praia de Amaralina
Um negro mandingueiro cujo nome era Bimba
Inventou a capoeira

Iô, iô, iô, iô, vou ver seu Bimba lá no mar
Iô, iô, iô, iô, quando o berimbau chamar
Iô, iô, iô, iô, vamos todos se embalar
Iô, iô, iô, iô, no toque da regional

E a capoeira foi crescendo e se expandiu
Hoje é filosofia de vida em todo o Brasil
E o mais forte de tudo é a perseverança
A esperteza e a malandragem
Que só tem quem tem coragem
E é discípulo de Bimba

Iô, iô, iô, iô, vou ver seu Bimba lá no mar
Iô, iô, iô, iô, quando o berimbau chamar
Iô, iô, iô, iô, olha a mandinga e o mortal
Iô, iô, iô, iô, chora Angola e Iuna

Iô, iô, iô, iô, o capoeira sempre está


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Afoxé (  https://pt.wikipedia.org/wiki/Afox%C3%A9_(ritmo) )
A Força do Afoxé
Baby Consuelo
Eu vou atrás só pra ver como é que é
Esse som do agogô
Esse toque do afoxé

Eu vou atrás só pra ver como é que é
Esse som do agogô
Esse toque do afoxé

Você me vê sorrindo
Você me ouve cantando
Eu sou o amor
Eu tenho fé

Por isso todo dia
Você me vê contente
Comigo está presente
A força do afoxé

Afoxé que vem de lá da Bahia
(Rumpilé)
O seu canto tem magia
(Rumpilé)
Seja noite,ou seja dia
(Rumpilé)
Suas cores irradiam alegria
(Oxumaré)

Eu vou atrás só pra ver como é que é
Esse som do agogô
Esse toque do afoxé

Foi ele,foi ele sim...
Foi ele quem mostrou você pra mim...

Afoxé É
Gilberto Gil
 
Ê-ô, ê-ô
Ê-ô, ê-ô
É bom pra ioiô
É bom pra iaiá

O afoxé é da gente
Foi de quem quis
É de quem quiser
Sair do Pé do Caboclo
Até a Praça da Sé

O afoxé é semente
Plantou quem quis
Planta quem quiser
Tem que botar fé no bloco
Tem que gostar de andar a pé

Tem que aguentar sol a pino
Tem que passar no terreiro
E carregar o menino, oh, oh
Tem que tomar aguaceiro
Tem que saber cada hino
E cantar o tempo inteiro, oh

O afoxé, seu caminho
Sempre se fez
Sempre se fará
Por onde estiver o povo
Esperando pra dançar

O afoxé vai seguindo
Sempre seguiu
Sempre seguirá
Com a devoção do negro
E a bênção de Oxalá


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Afoxé
Dorival Caymmi
 
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô

O ne---gro
Está tremendo sem querê
O negro
Na batida do a---gogô
Tá dançando, tá gingando, se virando, se enroscando,
na batida do agogô

Afo-xé leí Le-í - ilê-ô
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô
Afo-xé leí Le-í - ilê-ô

Qui-lo-fé abe-bê no a--bêbê o ô
Qui-lo-fé Abe-bê no a--bêbê
Abêbê no abê-bê Abê-bê no abê-bê
Abê-bê no saque-ô

******************************************


Ijexa
Clara Nunes
 
Filhos de Gandhi,badauê
Ylê ayiê,malê debalê,otum obá
Tem um mistério
Que bate no coração
Força de uma canção
Que tem o dom de encantar

Seu brilho parece
Um sol derramado
Um céu prateado
Um mar de estrelas

Revela a leveza
De um povo sofrido
De rara beleza
Que vive cantando
Profunda grandeza

A sua riqueza
Vem lá do passado
De lá do congado
Eu tenho certeza

Filhas de Gandhi
Ê povo grande
Ojuladê,katendê,babá obá
Netos de Gandhi
Povo de Zambi
Traz pra você
Um novo som: Ijexá

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Grito de Guerra
GRITO DE GUERRA (Moraes Moreira / Wally Salomão)
E vem comer Caruru e acará Se vai tocar Caxixi e ijexá E vem beber Mariri e aluá Se vai cantar Traz o meu xaxará Traz o meu xaxará E ouve o grito de guerra De toda a nação yê ô Gente da minha terra Dança em meu coração Traz o meu xaxará E ouve o grito de guerra De toda a nação yê ô Esse canto que encerra Tão sincera paixão

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Ijexá Das Águas Doces
Lucio Sanfilippo
 
Que me guardem doces águas
Rio manso, rio fundo
Remanso de rio largo
Águas do ventre do mundo
Me que deem paciência
Longe da fatalidade
Águas da fertilidade
Filhas da benevolência
Dona da clarividência
Dos cauris de orunmilá
Moça dos olhos do rei
Enfrenta a fúria de obá
Fez a guerra com ogum
E seduziu erinlé
Dona do omolokum
E mãe de logunedé

Carê, ijimun apondá, opará yá oxum

Moça mãe e feiticeira
Sejam meus os teus abrigos
Repousa na tua beira
Afastado dos perigos
Que além da morte e do medo
A vida vai rio afora
O adabá guarda segredos
Os teus mistérios senhora

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Canto Para Oxum (Oro Mi Maió)
Bantos Iguape

Quando eu era criança
Minha mãe cantava pra mim
Uma canção em yorubá
Cantava pra eu dormir
Uma canção muito linda
Que o seu pai te ensinou
Trazida da escravidão
E cantada por seu avô
Era assim

Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo

Essa canção muito antiga
Do tempo da escravidão
Os negros em sofrimento
Cantavam e alegravam o seu coração
Presos naquelas senzalas
Dançando ijexá
Aquela canção muito linda
Com os versos em yorubá
Era assim

Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo

Cantava quando era criança
Fiquei homem e não me esqueci
Aquela canção em yorubá
Que não sai de dentro de mim
É assim

Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo
Oro mi má
Oro mi maió
Oro mi maió
Yabado oyeyeo

E Deus é o mar
Deus é o maior
Deus é o maior
Me ajudou a vencer
E Deus é o mar
Deus é o maior
Deus é o maior

Me ajudou a vencer

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